Publicado em 17/06/2016 às 06h30.

Força-tarefa da Lava Jato quer multa de R$ 6 bi da Odebrecht

O acordo é para assinar um acordo de leniência, espécie de delação para empresas e única saída para manter contratos com o setor público

Redação
Foto: J.F.Diorio/ Estadão Conteúdo
Foto: J.F.Diorio/ Estadão Conteúdo

 

A força-tarefa de procuradores federais em Curitiba, no Paraná, que coordena os acordos com as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, vai pedir de início mais de R$ 6 bilhões de indenização da Odebrecht para assinar um acordo de leniência, espécie de delação para empresas e única saída para manter contratos com o setor público, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Mesmo para os padrões da construtora, que é a maior do Brasil, o valor é considerado impagável por executivos do grupo. A empresa faturou R$ 132 bilhões em 2015, mas suas dívidas somam R$ 90 bilhões. O grupo colocou à venda ativos de R$ 12 bilhões, o dobro do valor da multa pedida, para equilibrar o caixa.

O principal motivo do valor é a demora do conglomerado baiano em aderir à negociação do acordo, no final de 2015, depois que companhias como Toyo Setal, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez fecharam colaborações.

A mineira Andrade Gutierrez foi a última empreiteira a assinar a leniência, em maio deste ano, e pagou R$ 1 bilhão. A Odebrecht, segundo as contas de envolvidos nas investigações, tem faturamento aproximadamente seis vezes maior que a Andrade e, com base nisso, deve pagar uma multa proporcional ao tamanho dela.

O objetivo da Odebrecht é ter o acordo assinado até outubro, quando está previsto que chegue ao fim o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

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