Publicado em 15/07/2020 às 13h50.

Forças Armadas podem continuar na Amazônia até 2022, afirma Mourão

Em reunião do Conselho da Amazônia, vice-presidente voltou a admitir gravidade do desmatamento na floresta brasileira

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (15) que as Forças Armadas podem continuar na Amazônia até o fim do mandato de Jair Bolsonaro, em 2022. A operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi anunciada inicialmente em agosto, com duração de 60 dias, para combater as queimadas na região. Após a criação do Conselho da Amazônia, em fevereiro, o governo anunciou a Operação Verde Brasil 2.

“As ações estão sendo ampliadas para evitar as queimadas durante o verão amazônico, que já começou e se estende até setembro”, acrescentou Mourão, de acordo com informações do G1.

As declarações foram feitas na abertura da segunda reunião do conselho, colegiado do qual Mourão é presidente. Participaram do encontro os ministros Ricardo Salles (Meio ambiente), Tereza Cristina (Agricultura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

Na ocasião, Mourão voltou a admitir a gravidade dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento, com aumento acentuado em 2019. O vice-presidente também disse que o governo não esconde, nem nega informações sobre a situação, mas não aceita “narrativas simplistas e enviesadas” sobre o assunto.

“Como se não bastasse o prejuízo natural brasileiro, os crimes ambientais deixam nosso país vulnerável a campanhas difamatórias, abrindo caminho para que interesses protecionistas levantem barreiras comerciais injustificáveis contra as exportações do agronegócio”, afirmou, lembrando que as empresas brasileiras tendem a ser cada vez mais cobradas por credenciais ambientais, sociais e de governança.

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