Publicado em 22/05/2016 às 10h25.

Geddel: ‘Volto ao redemoinho político em nome da Bahia’

Ministro-chefe da Secretaria de Governo, peemedebista acusa PT de aparelhar o governo federal, mas promete manter boas relações com Rui Costa

Redação
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), se destaca como um dos homens fortes do governo temporário do presidente interino Michel Temer. Afastado de cargos públicos desde 2013, quando foi exonerado da vice-presidência da Caixa Econômica Federal pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o peemedebista diz que vivia uma “vida tranquila”, mas aceitou voltar ao “redemoinho da política” por entender que pode dar uma contribuição ao país. “Mas sobretudo posso estar atento aos interesses da Bahia”, afirmou, em entrevista ao jornal A Tarde.

O ministro declarou ainda que o PT aparelhou o governo e que ele será responsável por boa parte das exonerações de cerca de 4 mil cargos de confiança que ocorrerão nos próximos dias, uma vez que sua pasta tem 1,4 mil servidores indicados pelo PT. Ele acusou os petistas de cometer “atos impatrióticos” por “liberar recursos descontroladamente e avançar em prerrogativas que seriam do próximo governo”.

Ainda sobre a rivalidade posta com o partido que outrora foi aliado, Geddel diz que o rompimento, requerido por ele há muito tempo, “surge no momento em que tudo estava maduro. O país não aguentaria mais um governo dirigido por uma pessoa inepta”.

Bahia- Em nome da Bahia, Geddel disse que conversou com o governador Rui Costa (PT) e que está disposto a deixar as divergências políticas de lado para que o diálogo entre eles tenha como como fim o melhor para o estado. “Eu me coloquei à disposição para ser embaixador na defesa da continuidade [do metrô], para que não haja entraves burocráticos”, garantiu, ao pontuar que fará o mesmo para que o projeto do BRT de Salvador, requerido pelo prefeito ACM Neto (DEM), tenha o mesmo caminho.

Sobre ter seu nome citado como um dos investigados na Lava Jato, o chefe do PMDB baiano classificou o fato como uma “leviandade que repele com rigor”. “Aquilo é uma sacanagem de quem se diz com compromisso ético e não tem compromisso com a verdade. Quando perguntado, por exemplo, sobre os diálogos que tive com o dr. Léo Pinheiro [diretor da OAS condenado na Lava Jato], eu disse que meus diálogos sempre foram absolutamente claros. Sem codinome”, rebateu.

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