Publicado em 17/03/2016 às 15h00.

Governo perde ao menos seis votos contrários ao impeachment

Dissidências informadas nas últimas 24 horas fortalecem tese de impedimento da presidente Dilma e preocupam o Planalto

Agência Estado
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, fala aos jornalistas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Cunha comanda o processo de impeachment na Câmara ( Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

As dissidências informadas nas últimas 24 horas fizeram o governo perder ao menos seis votos de integrantes da comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dos oito titulares do PMDB, três são a favor do impeachment. O PRB, que na quarta-feira (16) desembarcou da base aliada, tem dois votos. A Rede, com um voto, anunciou que votaria favoravelmente ao impeachment.

O PP não indicou seus cinco titulares e cinco suplentes até as 13h,o que exigirá a realização de eleições suplementares.

Nas contas da oposição, há entre 37 e 39 titulares favoráveis ao impeachment. A comissão terá um total de 65 membros titulares e igual número de suplentes.

A distribuição das vagas é a seguinte: PMDB (8), PP(5), PTB (3), DEM (3), PRB (2), PSC (2), SD (2), PEN (1), PHS (1), PTN (1), PT (8), PR (4), PSD (4), PROS (2), PC do B (1), PSDB (6), PSB (4), PPS (1), PV (1), PDT (2), PSOL (1), PT do B (1), PMB (1), REDE (1).

Líderes da oposição e de partidos aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniram-se na noite da quarta-feira (16) na residência oficial da presidência da Casa para discutir a composição da comissão processante do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, líderes da oposição e aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniram-se na noite de quarta para fazer a contagem de seus votos e acertaram de eleger o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), para presidente da comissão e Jovair Arantes (GO), líder do PTB, para relator.

Esses dois postos são escolhidos por votação entre os membros do colegiado. Da base aliada, mas próximos a Cunha, os nomes foram escolhidos por não serem radicais e por terem trânsito dos dois lados. Inicialmente eles não queriam ocupar os postos, mas foram convencidos após insistência. No entanto, nem todos concordam com os nomes.

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