Publicado em 04/12/2020 às 19h20.

Juiz da Bahia cobra explicações de Bolsonaro sobre monitoramento de jornalistas e parlamentares

'Além do desvio de finalidade do dinheiro público, é intimidação', afirmou o deputado Jorge Solla (PT-BA), parlamentar que moveu a ação popular

Redação
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

O presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o chefe da Secom, Fábio Wajngarten, têm até 72 horas para apresentares relatórios de monitoramento de redes sociais de parlamentares e jornalistas. A decisão foi tomada pelo juiz federal Dirley da Cunha Júnior, da 16a Vara Cível da Justiça da Bahia, em ação popular movida pelo deputado federal Jorge Solla (PT).

“Além do desvio de finalidade do dinheiro público, é intimidação. Nenhum cidadão deve ser monitorado por governos pelo que diz. Só há em ditaduras”, afirmou Solla, em postagem no twitter. Na ação, o deputado petista questiona o monitoramento de redes sociais de 116 parlamentares e jornalistas.

O magistrado também determinou que eles apresentem documentos relativos a pagamentos efetuados para a empresa que presta esse serviço, assim como licitações envolvendo a companhia. Solla pede à Justiça que proíba o governo de prosseguir com o monitoramento.

No monitoramento contratado pelo governo e pago com dinheiro público, 81 jornalistas são classificados como ‘detratores’ – Flávio V. M. Costa – entre eles o jornalista, neutros ou favoráveis. A empresa de Comunicação sugere como o governo deveria tratar em cada um destes casos. Com informações de O Globo.

 

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