Publicado em 05/11/2015 às 14h27.

Liderança do PT descarta encolhimento do partido em 2016

Para o deputado Rosemberg Pinto, escândalos nacionais não vão afetar a legenda nas eleições municipais

Elieser Cesar

Nem encolher, nem espichar, mas estacionar.  Na expectativa do deputado estadual Rosemberg Pinto, líder do partido na Assembleia Legislativa, o PT deve manter o mesmo número de prefeituras, ao sair das eleições municipais do próximo ano na Bahia, embora a legenda venha sofrendo o maior desgaste de seus 35 anos de história, com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Para o parlamentar petista, os escândalos nacionais não irão contaminar as eleições municipais, porque elas abordam questões mais paroquiais e, em geral, se circunscrevem a confrontos locais.  “É como um BAxVI, a rivalidade é muito localizada”, compara, referindo-se ao clássico do futebol baiano. Pelos cálculos de Rosemberg, o PT deve fazer de 80 a 90 Prefeituras e pode até ampliar os número de votos, embora mantenha a mesma quantidade de prefeitos.

Pinto: '"É como um BAxVI, a rivalidade é muito localizada", c
Pinto minimiza impacto dos escândalos: ‘Rivalidade é muito localizada’

Dentre outros municípios, o PT está ameaçado de perder a hegemonia em municípios importantes como Vitória da Conquista e Camaçari, respectivamente o terceiro e o quarto maiores colégios eleitorais do estado.  Em Vitória da Conquista , o candidato do PMDB, deputado estadual Herzen Gusmão, o primeiro nas pesquisas até agora, ameaça tomar o domínio petista do prefeito Guilherme Menezes e do virtual candidato do partido, o deputado estadual e ex-prefeito José Raimundo. Em Camaçari, o democrata Antônio Elinaldo é o nome mais competitivo da oposição, enquanto o prefeito Ademar Delgado e o deputado federal Luiz Caetano, seu padrinho político, brigam pela indicação da candidatura, numa disputa que promete deixar arestas.

Nas eleições municipais de 2012 na Bahia, o PT venceu em 93 municípios. Em seguida, o recém-criado PSD, do então vice-governador e hoje senador Otto Alencar, com 73 prefeitos eleitos, e o PP, do atual vice-governador João Leão, com 52 gestores. O DEM – que retomou fôlego no estado com a eleição de ACM Neto, em Salvador, e José Ronaldo, em Feira de Santana, os dois maiores colégios eleitorais da Bahia – ficou com nove prefeituras, mesmo número conquistado pelo PSDB. Já o PMDB foi o quarto colocado com 44 prefeituras, seguido de perto pelo PDT do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo, que elegeu 43 gestores. O PSB da senadora Lídice da Mata fez 28 prefeitos e o PCdoB da 13.

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