Publicado em 10/12/2019 às 07h54.

Maioria acha justa soltura de Lula após decisão do STF, diz Datafolha

54% dos entrevistados aprovam e 42% condenam libertação do petista, que tem mais apoio no Nordeste, entre jovens e menos escolarizados

Redação
Foto: Gibran Mendes/CUT Paraná
Foto: Gibran Mendes/CUT Paraná

 

A maioria da população considerou justa a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de novembro, aponta a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (10) pelo jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados entendem que a libertação do petista foi justa, ante 42% que a consideram injusta. Disseram não saber 5% dos entrevistados.

A pesquisa ouviu 2.948 pessoas entre os dias 5 e 6 de dezembro em 176 municípios pelo país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Lula deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba no dia 8 de novembro, após cumprir 19 meses da pena por condenação de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).

O processo ainda tramita, e Lula tem parte da pena pendente.

O ex-presidente pôde voltar à liberdade graças à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que mudou antigo entendimento da corte e considerou inconstitucional a prisão de réus condenados que ainda tenham recursos pendentes em cortes superiores, como é o caso do petista.

Mas Lula permanece, com base na Lei da Ficha Limpa, impedido de disputar eleições.

A defesa de Lula tenta anular os processos, argumentando que Moro não tinha a imparcialidade necessária para julgá-lo.

O apoio ao ex-presidente, no recorte por faixas da população, é maior entre jovens de 16 a 24 anos e de entrevistados com escolaridade de nível fundamental, faixas em que 61% consideram justa a soltura.
A tendência se inverte nos segmentos de alta renda. A reprovação à libertação chega a 59% entre quem tem renda salarial mensal acima de dez salários mínimos.

Na divisão por regiões, o respaldo ao ex-presidente é maior no Nordeste, onde 71% afirmaram que a libertação é justa.

No Sul e no Sudeste, a corrente que entende que a saída da cadeia é injusta está numericamente à frente, por 49% a 47%, mas dentro do limite da margem de erro.

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