Publicado em 12/08/2016 às 17h00.

Ministro pede desculpas por declaração sobre mulheres no trabalho

Considerada infeliz, frase foi alvo de críticas generalizadas; até da filha, a deputada Maria Victória (PP-PR). Barros ganhou um "puxão de orelhas"

Redação
Brasília - O  Ministro da Saúde, Ricardo Barros, divulga o resultado de pesquisa sobre a frequência dos homens nos serviços de saúde. , durante entrevista coletiva  ele apresentará também ações para tentar ampliar o acesso dos homens aos serviços de saúde.  (Elza Fiuza/Agência Brasil)
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

 

Em nota divulgada nesta sexta-feira (12), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, se desculpou por ter dito em cerimônia pública, na quinta-feira (11), que os homens trabalham mais que as mulheres. 

Na nota de desagravo, a assessoria avalia que houve uma espécie de ruído na comunicação. “[O ministro da Saúde] Pede desculpas se foi mal interpretado na frase ao informar que homens trabalham mais. Ele se referia ao número de homens no mercado de trabalho”, informou o ministério, ao citar dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam que, dos brasileiros com 16 anos ou mais ocupados, 53,7 milhões são homens e 39,7 milhões são mulheres.

Ainda segundo a nota, Barros esclarece que não se referiu à jornada de trabalho de homens e mulheres. “Conhecendo o quanto as mulheres trabalham, eu jamais diria que os homens trabalham mais que as mulheres. Quero deixar claro que eu me referia ao número de homens no mercado de trabalho, que ainda é maior”, explicou o ministro no comunicado.

Puxão de orelha – A declaração foi alvo de críticas generalizadas, inclusive da filha de Barros, a deputada estadual Maria Victória Borghetti Barros (PP-PR). Em um vídeo postado no seu perfil no Facebook, a parlamentar dá um “puxão de orelha” no pai. “Logo o senhor, com duas mulheres como nós em casa, a vice-governadora do estado do Paraná, Cida Borghetti, e eu, deputada estadual? Trabalhamos tanto quanto o senhor”, diz. “Por mais que haja dados absolutos de que há maior número de homens no mercado formal de trabalho, o IBGE afirma que as mulheres trabalham em média cinco horas a mais na semana do que os homens. Portanto, uma jornada de trabalho mais longa”, acrescenta.

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