Publicado em 18/10/2021 às 15h20.

Na pandemia o agronegócio só ganhou. Das uvas aos ovos

Moral da história: nem tudo é ruim no fim da pandemia

Levi Vasconcelos

Se a alta de preços no mercado, puxada pela disparada nos combustíveis, deixou a vida mais cara, na base da produção se dá o inverso. João Carlos Oliveira, secretário de Agricultura da Bahia, diz que nas suas andanças tem coletado muitas boas notícias.

Uma delas: a indústria de laticínios, que trabalha com leite de vaca, cresceu 20%. A avicultura, com produção de carne de frango e ovos, também. E até a produção de vinho subiu. Só o Terra Nova foi 18% a mais.

João Carlos chama a atenção para um detalhe. A manga e a uva baianas, produzidas principalmente nas bordas do Rio São Francisco, em Juazeiro e cercanias, têm excelente aceitação internacional, mas os critérios da boa aceitação mudaram.

Chocolate

A diferença é emblemática, segundo João:

– Antes, escolhíamos os melhores exemplares das frutas para exportar. Agora, o pessoal do mercado lá fora exige rastreamento ambiental e contexto social.

Ou seja, limpeza ambiental, e nada de escravidão. Nesse embalo, ressalta João, o cacau também vive bom momento. Além de a lavoura irrigada, no oeste, estar dando espetaculares 200 arrobas por hectare, tem a indústria do chocolate.

– Temos mais de 100 indústrias. No Salão do Chocolate, que vai acontecer agora em Paris, das 50 marcas selecionadas, três são do Brasil, e delas, duas da Bahia, a outra do Pará.

Moral da história: nem tudo é ruim no fim da pandemia.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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