Publicado em 18/11/2015 às 19h36.

“O futuro do PDDU será a judicialização”, diz Gilmar Santiago

Oposicionistas no legislativo municipal apostam na série de novas audiências para reverter a falta de participação popular apontada por eles

Redação

O vereador Gilmar Santiago (PT), ex-líder da oposição na Câmara de Salvador, não descartou a possibilidade do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) ser judicializado, no entanto, disse apostar na série de audiências públicas que será realizada pela Casa para reverter a “falta de participação popular” na elaboração do projeto.  O plano foi apresentado na tarde desta quarta-feira (18) à casa legislativa pelo prefeito ACM Neto (DEM), pelo secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro, e pela presidente da Fundação Mario Leal Ferreira, Tania Scofield.

“Espero que o PDDU que vamos discutir aqui não seja um PDDU sem povo e sem participação popular porque o futuro dele vai ser a judicialização.  Até agora o plano não aponta para a mudança de paradigma e de ruptura do que foi aprovado em planos anteriores. Acredito que o poder legislativo pode aperfeiçoar esse projeto”.

Segundo Santiago, o discurso do prefeito na tarde desta quarta-feira (18), durante apresentação do Plano Diretor aos vereadores da Casa, a portas fechadas para o público, não teve coerência. “Os recursos  da prefeitura são 57 milhões pra Barra, 70 milhões para o Rio Vermelho. Ou seja o volume de recursos que a prefeitura gasta ate agora são em áreas que não condiz com a ideia de descentralização e de colocar dinheiro em lugares que foram discriminados e perderam com isso”, bradou.

Audiências – A Câmara anunciará semana que vem uma série de audiências públicas para discutir o PDDU. Elas serão realizadas pela Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, presidida pelo vereador Arnando Lessa, e pela Comissão de Acompanhamento do PDDU, presidida pelo vereador Geraldo Junior.

Para Lessa, “na teoria, o PDDU apresentado é uma maravilha, mas não é isso que está sendo cobrado por um conjunto da sociedade e por segmentos que cobram um debate maior. Vou procurar como presidente do colegiado saber dos segmentos que se manifestaram, organizações acadêmicas, quais os pontos que levantam como falho no PDDU e quais providências a Câmara poderá adotar para corrigir”, destacou.

Já Gilmar e a vereadora Aladilce (PCdoB) apostam na série de audiências públicas que serão realizadas pela Câmara para levar ao PDDU mais participação popular. “Espero que o PDDU que vamos discutir aqui não seja um PDDU sem povo e sem participação popular porque o futuro dele vai ser a judicialização.  Até agora o plano não aponta para a mudança de paradigma e de ruptura do que foi aprovado em planos anteriores. Acredito que o poder legislativo pode aperfeiçoar esse projeto”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.