Publicado em 16/12/2015 às 16h08.

‘O PT foi vítima da distorção dos fatos’, afirma Gabrielli

O petista, que foi presidente da Petrobras, condenou também a prisão do correligionário, o senador Delcídio Amaral

Luís Filipe Veloso
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

 

O “Ato contra o Golpe”, que protesta contra o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na tarde desta quarta-feira (16), no bairro do Campo Grande, em Salvador, reúne até o momento cerca de 600 pessoas, conforme informações da Polícia Militar. Políticos do PT e da base aliada, movimentos sindicais, como a CUT, CTB e Sindivigilantes, marcam presença na mobilização, que conta com um trio elétrico e bandas percussivas.

Ao bahia.ba, o  ex-presidente da Petrobras e ex-secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, disse que “o  PT foi vítima de um conjunto de vazamento de informações”, junto com a “a clara atuação da imprensa, que seleciona nos fatos e nas notícias tudo que é do PT”.

“O que é sobre o PT vai para a manchete e o que não é vai para o último parágrafo. Há um distorção na divulgação dos fatos”, acredita. Sobre a operação Cantilinárias, da Polícia Federal, que teve como alvo principal os políticos do PMDB, o petista disse acreditar na idoneidade da PF. “Imagino que a Polícia e o Supremo Tribunal Federal (STF) tenham razões para fazer isso”, declarou.

Gabrielli critica o que chama de “massacre público”. “Temos que avançar para um processo de investigação onde o crime seja combatido corretamente com respeito às leis democráticas no Código Penal Brasileiro”, opinou.

Em relação à prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), acusado de envolvimento com os desvios de verba na Petrobras, o ex-comandante da estatal disse que não viu elementos que justificassem o flagrante mencionado pela Polícia Federal, que resultou na detenção.

“Quando eu cheguei na Petrobras, Delcídio não estava mais. Então não sei a atuação dele lá. Vou condenar a prisão porque ele era um senador da República no exercício do mandato e qualquer parlamentar só pode ser preso em flagrante ou em determinados casos muito específicos. Não acredito que a gravação citada justificasse o flagrante mencionado”, avaliou.

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