Publicado em 12/07/2020 às 08h00.

PF e MP apontam elos entre miliciano morto na Bahia e acusado de matar Marielle

Concessionária de luxo no Rio era frequentada tanto pelo ex-capitão do Bope quanto por Ronie Lessa, apontado como autor do assassinato

Redação
Foto: Divulgação/SSP-RJ
Foto: Divulgação/SSP-RJ

 

O ex-policial militar do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega usava uma concessionária de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, para vender e comprar carros. O local foi alvo de pesquisas na internet feitas por Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, e era frequentado pelo autointitulado empresário Márcio Mantovano, preso por participar da operação que jogou ao mar armas pertencentes a Lessa.

As informações constam de um relatório conjunto da PF (Polícia Federal) e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), segundo reportagem do portal UOL.

“O estabelecimento Garage Store é suspeito de transacionar com Adriano da Nóbrega, alvo da Operação Intocáveis, e foi pesquisado por Ronnie Lessa junto à ferramenta Google”, lê-se no documento obtido com exclusividade pelo site.

A Garage Car Store vende carros de luxo, novos e usados, e com blindagem. Um dos donos da concessionária afirma que nunca fez qualquer tipo de transação comercial com Adriano ou Lessa e que ninguém ligado ao local foi chamado a prestar esclarecimentos às autoridades (leia mais abaixo).

Ainda de acordo com o mesmo documento, homens ligados a Lessa e Adriano se conheciam e frequentavam as mesmas festas.

Conhecido como Capitão Adriano, o chefe da milícia que agia nas comunidades de Rio das Pedras e de Muzema, na zona oeste do Rio, foi morto em confronto com a PM baiana, no dia 9 de fevereiro deste ano, na zona rural da cidade de Esplanada.

Ronnie Lessa e Adriano da Nóbrega se conheceram quando atuavam na PM fluminense. Ambos passaram pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) e atuaram ilegalmente como seguranças para bicheiros cariocas.

Em agosto de 2018, Adriano prestou depoimentos à DH (Delegacia de Homicídios) da Capital a respeito das mortes de Marielle e Anderson. Ele disse não se recordar onde estava no momento do atentado. A respeito de Lessa, afirmou apenas “conhecê-lo da Polícia Militar”, sem entrar em detalhes.

Ronnie Lessa foi preso em março de 2019, quando deixava o condomínio em que morava na Barra da Tijuca em um carro blindado.

 

 

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