Publicado em 11/04/2016 às 06h40.

Possível saída do PP e aprovação de relatório causa tensão no Planalto

Nem a queda de 68% para 61% no apoio ao afastamento, apontada pelo Datafolha, melhorou os ânimos

Redação
Foto: Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados
Foto: Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados

 

A ameaça da saída do PP, um dos partidos que ainda continuam na base do governo, e a aprovação dada como certa do parecer que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mais o temor de novidades na Operação Lava Jato, deixam o Palácio do Planalto pessimista na semana decisiva para a defesa do mandato petista.

De acordo com a Folha de S. Paulo, nem a queda de 68% para 61% no apoio ao afastamento, apontada pelo Datafolha, melhorou os ânimos. Todo o trabalho feito pelo ex-presidente Lula, como articulador, e pelo governo de prometer cargos e verbas para os partidos que podem ocupar o espaço deixado pelo PMDB, como PP, PR e PSD, parecia garantir os 172 votos que barram o processo de impeachment – ou pelo menos evitar que os opositores alcancem os 342 deputados necessários para a continuidade do processo.

Dois fatores complicaram a equação: a delação de ex-executivos da Andrade Gutierrez que implica as campanhas de Dilma com dinheiro da Petrobras, revelada na quinta-feira (7) pela Folha; e a ação do presidente do PMDB, o senador Romero Jucá, que tem abordado todos os procurados por Lula com perspectiva de poder.

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