Publicado em 05/04/2017 às 16h33.

Prisco reconhece que PM ‘nunca teve direito a greve’

“Para a gente não altera nada. Altera para os demais, porque o direito de greve deles era constitucional, mas para a gente esse direito nunca foi permitido”, avalia deputado

Evilasio Junior
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

Condenado a cumprir medidas cautelares por liderar três greves da Polícia Militar, em 2002, 2012 e 2014, o deputado estadual Marco Prisco (PPS) reconheceu, em entrevista ao bahia.ba na Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (5), que a corporação “nunca teve direito a greve”.

Na avaliação do parlamentar, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o direito à paralisação das forças de segurança, só muda a aplicação da regra para os policiais federais, rodoviários federais e ferroviários federais.

“Para a gente não altera nada. Altera para os demais, porque o direito de greve deles era constitucional, mas para a gente esse direito nunca foi permitido. Nunca houve uma decisão favorável porque [o movimento] sempre foi vedado na Constituição. O que o Supremo fez foi julgar algo que estava na Constituição como constitucional e colocou como inconstitucional”, avaliou Prisco.

O deputado pondera, no entanto, que o entendimento do seu grupo, a Aspra, era de que “não havia greve” nas paralisações promovidas na PM. Com a decisão, segundo ele, as entidades têm que consultar o STF sobre a obrigação dos estados de abrirem canais de diálogo com as associações de policiais. “Se os estados não cumprirem, como é que se faz?”, indagou.

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