Publicado em 06/04/2016 às 07h37.

Relator deve apresentar parecer favorável a impeachment nesta quarta

Ele deverá corroborar a acusação de que Dilma cometeu crime de responsabilidade também ao liberar créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional

Redação
Relator do caso Jovair Arantes (PTB/GO) foto Divulgacao
Relator do caso Jovair Arantes (PTB/GO) I Foto: Divulgação

 

O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff, apresentará na tarde desta quarta-feira (6), às 14h, à comissão especial do impeachment o relatório sobre a abertura ou não do processo na Câmara.

Segundo parlamentares do governo e da oposição, ouvidos pela Folha de S. Paulo, Jovair deve apresentar o parecer favorável ao pedido de impeachment da presidente Dilma.

Relator da comissão especial que analisa o pedido de afastamento da presidente da República, Arantes deverá corroborar a acusação de que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais” e ao liberar créditos suplementares sem que houvesse autorização do Congresso Nacional.

Nenhum outro tema deve entrar no texto, como as suspeitas em torno da polêmica aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, pela Petrobras. Na época, Dilma presidia o Conselho de Administração da estatal. Apesar disso, o relatório de Arantes – um dos principais aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – representará um duro revés para a tentativa de Dilma de permanecer no cargo. E tende a ser aprovado pela comissão especial na segunda-feira (11). Sessenta e cinco deputados votam na comissão.

A votação definitiva no plenário da Câmara deverá acontecer no domingo (17). São necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados para que o processo avance no Congresso e chegue ao Senado, que irá decidir se acolhe ou não a decisão da Câmara sobre abrir o processo de impeachment.

Oposicionistas contam ter no colegiado de 35 a 40 votos contra Dilma. Governistas tentam ainda mudar votos, mas apostam todas as suas fichas no plenário da Câmara.

Nos últimos tempos se aproximou de Cunha a ponto de integrar a linha de frente da tropa de choque que tenta evitar a cassação do mandato do presidente da Câmara. É, por isso, cotado a ser o candidato de Cunha para comandar a Câmara a partir de 2017.

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