Publicado em 08/03/2016 às 09h11.

Responsável por planilha dos ‘acarajés’ negocia delação

Maria Lúcia passou a colaborar com a investigação da Lava Jato; espera-se que suas informações possam ajudar a polícia a esclarecer pagamentos feitos a João Santana

Redação
Foto: Reprodução/Justiça Federal
Foto: Reprodução/Justiça Federal

 

Liberada pelo chefe, Marcelo Odebrecht, a secretária Maria Lúcia Tavares negocia para colaborar na Operação Lava Jato no âmbito da negociação de um acordo de delação premiada. De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), ela era a responsável por guardar a contabilidade dos “acarajés”, codinome atribuído pelos investigadores à propina nos e-mails trocados entre executivos da Odebrecht.

Essa é a primeira vez que um empregado da empreiteira no país passa a colaborar com a investigação. Espera-se que as informações de Maria Lúcia possam ajudar a polícia a esclarecer pagamentos feitos ao publicitário João Santana de 2008 até a reta final da campanha presidencial de 2014.

Lotada na sede da empresa em Salvador, Maria Lúcia era a responsável por guardar as planilhas que indicavam pagamentos a “Feira” – o apelido supostamente dado ao marqueteiro do PT e à mulher dele, Monica Moura, que estão presos desde o dia 23 de janeiro, em Curitiba (PR).

O acordo de delação ainda não foi homologado pela Justiça, mas a negociação foi confirmada à Folha de São Paulo por três fontes com conhecimento do caso.

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