‘Quem enfrentou o avô, não tem medo do neto’, provoca Alice

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) reafirmou, nesta terça-feira (8), o seu interesse e do seu partido em ser candidata a prefeita de Salvador – em resposta aos petistas que revelaram ao bahia.ba a intenção do ministro da Casa Civil e ex-governador, Jaques Wagner, de colocar a parlamentar para escanteio. Em seu lugar, seria elencada a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, a ex-vereadora Olívia Santana para, junto com o PT, compor o time que disputaria as eleições de outubro.

“Não há disputa. Não há confronto dentro do PCdoB. O meu partido reafirmou a candidatura que foi escolhida na convenção partidária. Tem um ano que a gente se prepara para esse debate. No momento em que o PT está em dificuldade, está só com a gente, é incrível uma proposta de intervenção no partido do outro. O povo de Salvador me abraça. Eu sou a mais viável eleitoralmente do partido, tive mais voto”, defendeu-se.

Conforme a tese defendida pelo suposto idealizador da manobra, Olívia teria o perfil ideal para ir para o embate com ACM Neto. “A política não é ciência exata. Evidentemente, as coisas podem mudar. Mas só de cogitar [o apoio do PT à legenda], o PCdoB acha bom, mas gostaria que apoiasse o que o partido escolheu”, disse Alice.

Neto – A comunista ainda provocou ACM Neto, atual prefeito da capital baiana, ao fazer uma referência ao avô do democrata, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães. “Quem enfrentou o avô, não tem medo do neto. O prefeito faz um confronto com Rui Costa pensando em 2018. Ele quer ser candidato a governador. Agora, ele está escolhendo a dedo seu vice pois está querendo ser eleito para dois anos e, nos dois outros anos, quer entregar para o vice”, apontou.

Lava Jato – A deputada ainda criticou a condução coercitiva do ex-presidente Lula. “O bom humor de Lula nos encanta. Perguntou: ‘Cadê o japonês? Eu quero sair algemado’. Brincou com a circunstância. Eles [PF] queriam levar Lula para Curitiba. [o deputado federal Jair] Bolsonaro estava com paiol de foguetes. Esta figura eleva a tortura como bandeira. Não precisa levar Lula coercitivamente. A Justiça que julgue, mas não precisava aquele espetáculo político. Apontar o dedo para uma face. O senador Aécio [Neves, MG] já foi citado três vezes na operação. A corrupção é endêmica”, opinou.