Publicado em 01/04/2020 às 06h31.

Com alta procura por itens hospitalares da China, Brasil pode ter problemas de abastecimento

Estados Unidos enviarão 23 aviões para voltar com toneladas de material contra o novo coronavírus (Covid-19)

Redação
Foto: Gov Cn/Fotos Públicas
Foto: Gov Cn/Fotos Públicas

 

A alta procura por equipamentos e produtos hospitalares da China nesta semana ascendeu a luz amarela em especialistas brasileiros que tentam comprar insumos de empresas do país asiático.

Ex-presidente da Fiocruz que atualmente negocia a importação dos produtos para a fundação, Carlos Morel demonstrou preocupação com o fato de somente os Estados Unidos (EUA) enviarem 23 aviões para buscar toneladas de insumos

“A notícia mostra que vamos ter sérios problemas de abastecimento. O capitalismo selvagem vai se impor. Cada país vai querer se proteger”, afirmou. A Fiocruz é vinculada ao Ministério da Saúde.

Morel disse ainda que “a pressão sobre as empresas chinesas está no nível máximo” e os preços dos insumos médicos estão aumentando freneticamente. “Sobem de um dia para o outro”.

Ainda de acordo com ele, companhias chinesas já começaram a comunicar que parte dos equipamentos, como leitos hospitalares, só poderão ser entregues em junho

EUA – Os voos ordenados pela Casa Branca para a China foram noticiados pelo The New York Times. O jornal diz que o primeiro avião trouxe 80 toneladas de mercadorias, como 10 milhões de luvas, 1,8 milhão de máscaras, aventais e “milhares de termômetros”.

A encomenda, diz o NYT, é “uma minúscula parte” do que hospitais dos EUA, já em racionamento, necessitam neste momento. Os EUA vão precisar, segundo estimativas, de 3,5 bilhões de máscaras caso a pandemia dure um ano.

Mas há uma fila: a empresa chinesa BYD tem que entregar 40 milhões de máscaras para a Itália antes de atender a demanda norte-americana.​ As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

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