Publicado em 27/01/2023 às 15h33.

Quatro infecções ginecológicas são mais frequentes no verão, alerta médicas

Combinação de sol, calor, suor, umidade, praia, piscina e biquíni molhado por períodos prolongados possibilita a proliferação de bactérias e fungos na região genital feminina

Redação
Foto: divulgação/Amo-Dasa

 

Sinônimo de lazer no verão, a combinação sol, calor, suor, umidade, praia, piscina e biquíni molhado por períodos prolongados possibilita a proliferação de bactérias e fungos na região genital feminina. A disseminação desses micro-organismos favorece o aumento principalmente de quatro infecções ginecológicas: candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana e a infecção urinária. O alerta é da ginecologista da Clínica Amo/Rede Dasa, Ana Gabriela Travassos.

Roupas que não permitem uma boa ventilação e hidratação, além do uso de peças íntimas com tecidos sintéticos, também podem desequilibrar a microbiota vaginal e contribuir para o aumento dessas doenças. Algumas dessas infecções causam sintomas como ardência, coceira, vermelhidão e corrimentos.

“A candidíase é mais frequente no verão devido à umidade, suor e mudança de pH vaginal pelos banhos de mar e piscina”, comentou. “Pode aparecer de forma recorrente e persistente, mais frequentes em mulheres com alterações de imunidade mediada por células. É o que ocorre, por exemplo, em pessoas em uso de imunossupressores, como corticóides, com diabetes descompensada ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)”.

A ginecologista explica que, com o aumento das relações sexuais desprotegidas no verão, ocorrem mais casos de tricomoníase, uma infecção causada pelo protozoário trichomonas vaginalis. É a infecção sexualmente transmissível (IST) não viral mais comum no mundo, afetando mais as mulheres. “É uma das três causas infecciosas comuns de queixas vaginais entre pacientes em idade reprodutiva. Caracteriza-se por secreção purulenta e fétida, que pode ser acompanhada de queimação, prurido, dor ao urinar e na relação sexual”, esclarece Ana Gabriela Travassos.

A ginecologista e mastologista Patrícia Lopes, também da AMO/DASA, relata que a vaginose bacteriana também causada por desequilíbrios na flora vaginal, promovido pelo ambiente quente e úmido, estresse, roupas molhadas ou apertadas levando à proliferação de bactérias. A infecção urinária é um problema frequente em mulheres, causado por bactérias que normalmente habitam o trato intestinal.

Para evitar essas infecções, as médicas recomendam manter a área íntima seca e arejada o máximo de tempo possível; não ficar longos períodos com roupa de banho molhada, usar preservativo, lavar peças íntimas com sabonete neutro, diminuir o intervalo de troca do absorvente no período menstrual,controlar ingestão de alimentos ricos em carboidrato, açúcar simples e bebidas fermentadas, beber água e fazer exercícios físicos com regularidade.

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