Publicado em 15/09/2020 às 10h18.

Tromboembolismo é uma das três principais causas de morte no mundo

A Trombose é mais frequente em pessoas com certas condições predisponentes, sendo aquelas que fazem uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal, tabagismo, pacientes que já possuem varizes

Redação
Foto: Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular
Foto: Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular

 

O dia 16 de setembro foi instituído no Brasil como Dia Nacional de Conscientização e Combate à Trombose.

A doença está entre uma das três principais causas de morte no mundo, e de acordo com uma pesquisa realizada em 2018 pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH), em parceria com a Bayer, a trombose e suas complicações matam uma a cada quatro pessoas no mundo.

A Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose, é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias localizadas na parte inferior do corpo, geralmente nas pernas.

De acordo com o médico Angiologista, Cirurgião Vascular e membro do NACE – Núcleo de Angiologia e Cirurgia Endovascular da Bahia, Bruno Canguçu, o principal risco da trombose é a embolia pulmonar. “Quando um trombo (coágulo) formado numa veia se solta e vai parar na circulação, passando pelo coração, entupindo um vaso do pulmão, isso pode ser fatal”, alerta.

Além de comprometer o pulmão, a trombose pode resultar em um quadro de isquemia (falta de circulação de sangue) da perna com grande possibilidade amputação do membro.

Para identificar a doença, Canguçu explica que, além dos sintomas, existe um exame específico que é o Doppler Vascular. O acompanhamento com um Angiologista também é imprescindível. “Na consulta já é possível avaliar se o paciente tem predisposição para ter alguma patologia vascular, seja varizes ou uma doença arterial”.

A Trombose é mais frequente em pessoas com certas condições predisponentes, sendo aquelas que fazem uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal, tabagismo, pacientes que já possuem varizes, insuficiência cardíaca, obesidade ou histórico de trombose venosa.

Recentemente, a cantora Anitta revelou estar tratando da doença, o que causou mudança em sua agenda de trabalho e uma atenção redobrada a saúde.

Estima-se que cerca de 180.000 novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano. “A gente suspeita que existe alguma pré-disposição familiar para trombose, geralmente tromboses mais específicas. Mas isso não significa que, se alguém da sua família teve a doença você também terá. Depende do tipo, qual foi o vaso e a veia acometida”, explica Bruno Canguçu.

Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular mostram que entre 25 e 35 anos a incidência da trombose é de cerca de 30 casos/100.000 pessoas ao ano, sendo mais comum em indivíduos acima de 40, e com um risco ainda maior a partir dos 60 anos. Já entre 70 a 79 anos essa incidência chega a 300-500 casos/100.000 pessoas ao ano. Da mesma forma a prevalência de embolia pulmonar, uma complicação da trombose, aumenta com a idade.

Para prevenir a doença, é necessário investir na prática de atividades físicas, fazer uma dieta saudável, cuidar da hidratação e evitar consumo de bebida alcoólica e cigarro. Para quem trabalha muito tempo sentado, é importante procurar um momento de descanso para movimentar as pernas.

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