Publicado em 18/11/2019 às 16h52.

Vírus do sarampo abre portas para outras doenças, aponta estudo internacional

Pela primeira vez pesquisa comprovou a relação do vírus do sarampo com a perda de anticorpos; nova fase da campanha começou nesta segunda (18)

Redação
Foto: Bruno Concha/Secom
Foto: Bruno Concha/Secom

 

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos revelou que o vírus do sarampo pode apagar, em média, 20% da memória imunológica do nosso organismo. Isso significa que pessoas que contraíram o vírus do sarampo têm risco aumentado de terem outras doenças infecciosas, inclusive doenças que o organismo já havia criado defesas. É como se o vírus do sarampo fosse a chave para liberar a entrada para novas doenças.

O estudo, publicado na revista Science Immunology, chega no momento em que 19 estados do Brasil passam por surtos de sarampo. Nos últimos 90 dias, 5.660 casos da doença foram confirmados e 14 óbitos. Mais de 90% dos casos estão concentrados em 192 municípios do estado de São Paulo. A única forma de interromper essa cadeia de transmissão e de prevenir contra o sarampo é por meio da vacinação.

Para combater a doença, a segunda fase da campanha nacional de vacinação começou nesta segunda-feira (18), direcionada para jovens adultos com idade entre 20 e 29 anos que ainda não atualizaram a caderneta de vacinação. A faixa etária é a que acumula o maior número de casos confirmados de sarampo, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, por isso a importância desta etapa para interromper a cadeia de transmissão do vírus no país.

Imunização – Para que a vacina faça efeito no organismo da pessoa, é necessário tomar todas as doses previstas no Calendário Nacional de Vacinação: duas doses a partir de 12 meses a 29 anos e uma dose para a população de 30 a 49 anos.

Atualmente, em virtude dos surtos de sarampo, há ainda a recomendação do Ministério da Saúde de aplicar uma dose extra, a chamada ‘dose zero’ em crianças de seis meses a menores de um ano. Esse público está mais suscetível a casos graves e óbitos. Das 14 mortes pela doença no Brasil, sete foram em menores de cinco anos de idade.

Fake News – O movimento antivacina gera impacto negativo no esforço do país em combater a doença. As fake news são responsáveis por transmitirem informações erradas, colocando em dúvida a eficácia e efetividade das vacinas.

Para combater a disseminação de informações falsas, o Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Qualquer cidadão pode enviar gratuitamente mensagens que tenha recebido para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

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