Publicado em 19/09/2019 às 16h22.

Operação da PF prende nove pessoas na região metropolitana

Entre os presos estão um casal de ciganos e o dono de uma locadora de veículos; três suspeitos continuam foragidos

Bianca Rocha
opeação lama preta
Foto: Divulgação PF

 

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (19) nove pessoas que se passavam por dublês para fraudar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação Lama Preta contou com o apoio da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Salvador, Lauro de Freiras, Camaçari e Dias D’Ávila, na região metropolitana.

A investigação começou há três anos, após o coordenador-geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista, Marcelo Henrique de Ávila, identificar indícios de irregularidades no sistema do INSS. “Haviam vários benefícios no mesmo endereço. Isso nos chamou atenção e ao analisar uma amostragem vimos que tinham evidências de utilizações e documentação falsa.”, explicou Marcelo. Documentos de identidade eram utilizados pelos suspeitos nas agências para fazer a solicitação e saque dos benefícios.

De acordo com Marcelo, foram quase 100 benefícios fraudados somando um prejuízo de mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos. “Ainda existem benefícios que serão suspensos nos próximos dias. O que pode aumentar o valor desse prejuízo.”, explica o coordenador. “Não temos detalhes de quem e quanto cada suspeito recebia, mas cada um deles recebia mais de um benefício. Todos os benefícios eram de pessoas que não existiam, ou seja documentações falsas”, concluiu Marcelo.

Entre os presos estão um casal de ciganos, identificados como Zico e Viviane, o dono de uma locadora de veículos, o empresário Roberto Pereira de Oliveira, apontado como líder do grupo, além de idosos e deficientes físicos usados como “laranjas” nas fraudes.

O delegado da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da PF (Deleprev), Marcelo Andrade Siqueira, contou que o grupo é formado por estelionatários reincidentes. “Começamos focados nos crimes que tinham relação com a previdência, mas no caminho da investigação, descobrimos que os investigados já praticavam outros tipos de fraudes em bancos e lojas de departamento usando documentos falsos.”, explicou o delegado.

Segundo Marcelo, o material apreendido será analisado nos próximos dias.

As nove pessoas presas poderão responder por participação em organização criminosa, uso de documento falso, falsidade ideológica e falsificação de documento público. Além disso, elas podem pegar até 30 anos de prisão.

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