Publicado em 26/11/2015 às 09h42.

Bombeiros encontram a 13ª vítima da tragédia em Mariana

A localização só foi possível pela ajuda de cães farejadores, porque no local havia muitos animais mortos

Agência Brasil
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP, causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. (Foto: Rogério Alves/TV Senado)
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP, causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. (Foto: Rogério Alves/TV Senado)

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais encontrou mais um corpo na área atingida pela onda de lama (com rejeitos de mineração) que devastou a região do Rio Doce na tarde de 5 de novembro. A vítima foi encontrada por volta das 21h dessa quarta-feira (25) com ajuda de cães farejadores, a dez quilômetros de Ponte do Gama, distrito de Ponte Nova. A área está situada a 70 quilômetros de Mariana. O corpo está na perícia e aguarda identificação.

Os bombeiros continuam os trabalhos de busca por 11 pessoas desaparecidas após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, no município de Mariana. Até esta quinta-feira (26), 13 corpos foram encontrados, oito deles já identificados.

Os 53 bombeiros que atuam nas buscas foram divididos em três grupos de trabalho. “Um grupo está fazendo escavações, com maquinário fornecido pela Samarco, outro grupo trabalha com cães para fazerem varredura nas áreas mais atingidas e uma pequena equipe, comandada por dois oficiais, está atendendo a imprensa e registrando imagens da tragédia”, informou o soldado Charles, da assessoria de comunicação dos Bombeiros. Ele disse que a Samarco forneceu tratores, uma escavadeira e uma britadeira para auxiliar os bombeiros.

De acordo com o soldado Charles, a lama na região de Mariana e Bento Rodrigues ainda está instável. “Quando faz sol, a lama endurece, mas como está chovendo todos os dias na região, amolece de novo, o que dificulta o trabalho.”

A onda de lama liberada com cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos destruiu o distrito de Bento Rodrigues, devastou o Rio do Carmo e o Rio Doce e agora avança pelo oceano no Espírito Santo, no município de Linhares.

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