Publicado em 17/04/2020 às 11h50.

ACM Neto rechaça críticas de Bolsonaro a Maia e pede que Mandetta continue ajudando o país

Para o presidente do DEM, chefe do Planalto procurou desviar o foco diante da demissão do aliado do Ministério da Saúde

Alexandre Santos / Matheus Morais
Foto Matheus Morais/bahia.ba
Foto Matheus Morais/bahia.ba

 

O presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou nesta sexta-feira (17) que o presidente Jair Bolsnaro (sem partido) procurou desviar o foco ao acusar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), de fazer uma “péssima atuação” acerca das propostas econômicas para enfrentar a crise do coronavírus no Brasil.

Segundo Bolsonaro, Maia está conduzindo o país ao “caos” e “enfiando a faca no governo federal” com um suposto plano.

Para ACM Neto, as declarações do presidente foram dadas numa tentativa de evitar críticas por ter demitido o agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta da pasta da Saúde. Mandetta deixou o governo na quinta-feira (16) após pouco mais de um ano no cargo.

“Penso eu que as declarações do presidente ontem tinham um objetivo: era desviar o foco da demissão do ministro Mandetta. O assunto do Brasil ontem foi a demissão do ministro Mandetta. Há uma preocupação geral em relação à condução que será dada a partir de agora pelo Ministério da Saúde em relação ao coronavírus”, declarou o prefeito de Salvador, durante inauguração da Unidade de Acolhimento Institucional (UAI) do Largo de Roma.

Questionado pelo bahia.ba, ACM Neto disse que somente o aliado poderá responder qual será o seu futuro político. Ele defendeu, no entanto, que Mandetta continue a colaborar com o país no enfrentamento à pandemia.

“Ele se tornou uma figura pública destacada no Brasil, respeitada pela sociedade brasileira. Sem dúvida alguma, ele acumulou um capital importante nesse momento. Acho que ele tem que continuar ajudando o Brasil. Essa foi a opinião que eu dei ele. Eu conversei com ele e disse a ele: acho, Mandetta, que você precisa continuar ajudando o Brasil. E coloquei, sim, o partido à disposição para que ele possa, através dos instrumentos próprios, continuar ajudando o Brasil”, afirmou ACM Neto.

O chefe do Executivo soteropolitano nega, contudo, o desejo de que o ex-ministro passe a ter uma atuação político-partidária.

Entre as possíveis sondagens já recebidas em meio ao embate com Bolsonaro, Mandetta chegou a ser convidado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para ser secretário da Saúde no estado. A oferta, por ora, foi recusada.

 

 

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