Publicado em 29/04/2021 às 06h49.

Atrasou a segunda dose da CoronaVac? Veja o que fazer

Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas fez uma lista para tirar possíveis dúvidas sobre a falta de vacinas e suas implicações

Rayllanna Lima
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Foto: Fernando Vivas/GOVBA

 

Os imbróglios envolvendo a vacinação contra a Covid-19 no Brasil têm gerado muitas dúvidas à população, sobretudo aos que aguardam a segunda dose da vacina.

Pensando nisso, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, publicou em seu perfil no Instagram, nesta quinta-feira (29), uma lista com perguntas e respostas que podem ajudar com alguns esclarecimentos.

Na publicação, Vilas-Boas explica a motivação da falta de vacina, as implicações disso e o que fazer caso o tempo estipulado para a aplicação da segunda dose seja ultrapassado. Confira abaixo:

1) Por que está faltando vacinas para a segunda dose?
De acordo com o Ministério da Saúde, os fabricantes não estão conseguindo entregar as vacinas conforme contrato estabelecido, sobretudo, por dificuldades na importação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), que é a base da produção da vacina. Deste modo, o cronograma de entregas previsto pelo Ministério da Saúde não está sendo cumprido, ocasionando o desabastecimento da segunda dose na maioria dos municípios baianos.

Cabe esclarecer 60% das segundas doses a serem aplicadas a partir de 1º de maio já foram enviadas aos municípios. Os 40% restantes aguardam envio do Ministério da Saúde. Vale ressaltar que neste período foram identificados frascos que embora indicassem conter 10 doses, apresentavam nove e em alguns casos oito doses.

2) O Governo do Estado e as prefeituras não deveriam provisionar 50% do que fosse entregue pelo Ministério da Saúde a fim de garantir as duas doses?
Até a sétima entrega realizada pelo Ministério da Saúde, o Estado provisionava 50% do carregamento a fim de garantir a imunização completa com a segunda dose. Entretanto, por determinação do Ministério da Saúde, as remessas posteriores foram integralmente distribuídas sem que existisse a retenção habitual. Na prática, isso significa que o Ministério da Saúde tem a obrigação de garantir a segunda dose em tempo hábil, sob risco de reduzir o efeito da primeira dose.

3) Qual a implicação disso?
Pode acontecer uma menor proteção em virtude da aplicação de apenas uma dose.

4) Se eu não tomar a segunda dose dentro do prazo estabelecido, perco a primeira dose?
Não há evidências de que se perca o efeito protetor. O que pode acontecer é uma menor proteção em virtude da aplicação de apenas uma dose. E assim que possível, deve-se completar o esquema vacinal com a segunda dose.

5) Terei que tomar uma terceira dose?
Não. Similar ao que ocorre com a vacina contra a gripe, o Programa Nacional de Imunização (PNI) deve incluir a vacina contra o coronavírus no calendário vacinal permanente, sendo necessário o reforço da imunização anualmente.

6) Quantos dias pode atrasar?
O fabricante da Coronavac, que é o Instituto Butantan, determina que o prazo máximo entre as duas doses seja de 28 dias. No entanto, o Ministério da Saúde tem sinalizado que este prazo deve ser ampliado para 40 dias, sem que haja redução da eficácia.

 

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