Publicado em 30/05/2020 às 09h30.

Bolsonaristas que agrediram enfermeiros em protesto são indiciados pela Polícia Civil

Suspeitos por ação em Brasília vão responder por infrações de menor poder ofensivo

Redação
Reprodução/Sindicato dos Enfermeiros do DF
Reprodução/Sindicato dos Enfermeiros do DF

 

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou três pessoas após as agressões de um grupo de militantes bolsonaristas contra profissionais de enfermagem durante a realização de uma manifestação na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 1º de maio.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o termo circunstanciado com os indiciamentos chegou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios nesta sexta-feira (29).

Foram indiciados Sabrina Nery Silva, Marluce Carvalho de Oliveira Gomes e Renan da Silva Sena.

Os suspeitos, no entanto, foram indiciados por infrações de menor poder ofensivo. Vão responder pelos crimes de injúria e por infringir determinação do poder público destinada a impedir introdução e propagação de doença contagiosa —por causa das políticas de combate à pandemia de coronavírus.

Além dos outros dois crimes previstos no Código Penal, Sena também vai responder sob suspeita de ameaça. O processo corre em segredo de Justiça.

A reportagem da Folha não conseguiu contato com os indiciados.

As agressões promovidas por militantes bolsonaristas ocorreram no fim de semana do feriado do Dia do Trabalho, em 1º de maio.

Os alvos do grupo foram cerca de 60 profissionais de enfermagem que realizavam um protesto silencioso na Praça dos Três Poderes em homenagem aos colegas de profissão mortos durante o combate à pandemia do novo coronavírus.

Os participantes também exibiam cartazes pedindo melhores condições de trabalho durante a epidemia e para que as pessoas respeitassem as políticas de isolamento social.

Dentre os agressores estava Renan da Silva Sena, que chegou a cuspir em uma estudante que defendia as colegas.

Sena era funcionário terceirizado no MDH (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), comandado por Damares Alves. A pasta, no entanto, efetivou o desligamento do funcionário dias após o episódio.

 

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