Publicado em 18/06/2020 às 16h08.

Efeito pandemia: varejo baiano contabiliza perda de R$ 1,74 bilhão em abril

Entre as atividades de peso no comércio baiano, o setor de vestuário teve a maior retração (64,9%)

Redação
Foto: Reprodução Fecomércio-BA
Foto: Reprodução Fecomércio-BA

 

O varejo baiano teve perdas de R$ 1,74 bilhão em abril, primeiro mês integralmente atingido pela quarentena gerada pelo combate ao novo coronvaírus. O montante confirma uma retração de 33,2% no volume de vendas frente ao mesmo mês do ano passado.

Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e de Turismo (Fecomércio-BA), a partir de sondagem da Pesquisa Mensal do Comércio/IBGE.Das dez atividades analisadas pela PMC, somente os supermercados registraram um resultado positivo. Ainda assim, foi uma variação tímida (0,8%).

“De fato, com o aumento do desemprego, retração da renda e do isolamento social, as famílias fizeram as compras essenciais, do dia a dia, buscando produtos com descontos para tentar manter a mesma qualidade da cesta de compras que faziam anteriormente”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

Vestuário

As maiores quedas foram dos setores de livros, jornais e revistas (-81,4%) e equipamentos e materiais para escritórios (-69%). Entretanto, os dois têm um peso muito pequeno no desempenho geral. Dentre as outras atividades que têm maior influência no varejo do Estado, o destaque ficou com o setor de vestuário, tecidos e calçados, com retração anual de 64,9%.

Guilherme Dietze afirma que esse segmento sofre mais na crise, pois ele é mais difícil de conseguir atrair consumo através do e-commerce. “Os consumidores gostam de provar, pagar e levar na hora e com maior agilidade no caso de troca. Na compra pela internet todo esse processo é mais complicado”.

 

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