Publicado em 07/05/2020 às 12h25.

Lucro de taxistas caiu 90% em Salvador, afirma porta-voz da categoria

De acordo com Denis Paim, da AGT, pelo menos 50 motoristas testaram positivo para o novo coronavírus

Rayllanna Lima
Foto: Rayllanna Lima/bahia.ba
Foto: Rayllanna Lima/bahia.ba

 

O lucro dos taxistas que atuam em Salvador caiu 90% desde o início do isolamento social, necessário para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19). Em entrevista ao bahia.ba, o presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Denis Paim, informou que pelo menos 50 taxistas foram diagnosticados com a doença.

Segundo ele, o número é alto e ocorreu porque boa parte da categoria continuou trabalhando durante a pandemia. Com a elevação nos números e o auxílio emergencial liberado pela Prefeitura, a maioria se isolou em casa.

“Caiu o lucro em média de 90%. Hoje o taxista sai para trabalhar e não tem corrida. Fora que a maioria está em casa, porque muitos começaram a sair no início, sem nenhum tipo de orientação, e acabou infectado. Está se recuperando. Está muito difícil para a categoria. Nós temos hoje mais de 50 taxistas já comprovados com Covid. Seis no Couto Maia”, disse.

Mobilização na próxima semana

Apesar de terem conseguido com que a gestão municipal liberasse um auxílio de três parcelas de R$ 270 para taxistas acima de 60 anos, posteriormente ampliando o benefício para taxista acima de 40, Denis Paim disse não ser suficiente para a categoria.

Como protesto, eles planejam realizar uma carreata na próxima terça-feira, 12, do Centro administrativo da Bahia (CaB) a Câmara Municipal de Salvador (CMS). “Cobrando ao prefeito ACM Neto que inclua os taxistas abaixo de 40 anos e os taxistas acima de 40 anos na segunda e na terceira parcela. No primeiro momento, ele informou que seria apenas para os taxistas de 60 anos. Fomos para a rua e conseguimos, juntos, esse pleito, que taxistas que não têm 60 anos conseguisse. E ele veio com essa ideologia que só vai dar aos taxistas de 40 anos uma parcela. Vamos buscar também que taxistas abaixo de 40 para receber benefício”, declarou.

Durante a mobilização, a categoria também pretende cobrar que o prefeito sancione o projeto de lei que foi aprovado por unanimidade na CMS, suspendendo o pagamento de taxas por taxistas, mototaxistas e motoristas de ambulância, cujo objetivo é minimizar as perdas dos profissionais durante a pandemia.

“Vamos cobrar dele [ACM Neto] mais empenho referente à Covid-19. Nós temos hoje mais de 50 taxistas já comprovados com Covid. Seis no Couto Maia. Tem taxista passando necessidade, isolado. O prefeito pede que categoria fique em casa mas não quer dar suporte para a categoria. Estamos trabalhando com taxistas para ajudar na campanha solidária, para levarem alimentos para a família dos taxistas que estão internados”, completou o presidente da AGT, Denis Paim.

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