Publicado em 25/05/2020 às 14h00.

Mutações do novo coronavírus não aumentam risco de transmissão, diz estudo preliminar

Pesquisa analisou mais de 15.000 genomas de pessoas com Sars-CoV-2 de 75 países

Redação
Foto: Débora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz
Foto: Débora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz

 

Uma pesquisa ainda não revisada e publicada na plataforma bioRxiv no dia 21 de maio aponta que nenhuma mutação documentada do novo coronavírus aumenta sua transmissibilidade.

Para chegarem a essa conclusão, os cientistas da University College London, no Reino Unido, analisaram mais de 15.000 genomas de pessoas com Sars-CoV-2 de 75 países. Ao todo, foram encontradas 6.822 mutações, mas nenhuma que beneficiasse o vírus. As informações são do portal UOL.

“Não identificamos uma única mutação recorrente convincentemente associada ao aumento da transmissão viral”, escreveram os autores. Em vez disso, as mutações recorrentes do vírus parecem ser neutras ou fracamente prejudiciais.

Embora se espere que a maioria das mutações seja neutra, algumas podem ser vantajosas ou prejudiciais ao vírus. As que são altamente prejudiciais, como as que impedem que eles invadam hospedeiros, são rapidamente eliminadas; mutações que são apenas ligeiramente nocivas podem ser retidas. “Mas mutações neutras e em particular vantajosas podem atingir frequências mais altas”, ou seja, se tornar mais comuns à medida que são transmitidas a vírus descendentes.

De acordo com os pesquisadores, os coronavírus, assim como todos os vírus de RNA, podem desenvolver mutações de três maneiras diferentes. Primeiro, como erros de cópia durante a replicação viral. Segundo, como resultado de recombinação ou rearranjo com outros vírus que infectam a mesma célula. Por fim, as mutações podem ser induzidas por sistemas de edição de RNA do hospedeiro, que fazem parte da imunidade natural.

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