Publicado em 13/04/2020 às 17h19.

Pandemia do coronavírus deve dobrar projeção de déficit para 2021

Ministério da Economia deve pedir ao Congresso autorização para ampliar para pelo menos R$ 150 bilhões meta de déficit fiscal

Redação
Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Marcos Corrêa/PR

 

A crise econômica que virá na esteira da pandemia do novo coronavírus deve impactar até o Orçamento de 2021. O Ministério da Economia deve pedir ao Congresso autorização para aumentar a meta de déficit fiscal, no mínimo para o dobro dos R$ 68,5 bilhões previstos atualmente. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com as projeções deve ser apresentado até a próxima quarta-feira (15).

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, técnicos do ministério calculam rombo próximo a R$ 150 bilhões. O valor ainda não está fechado, mas representa diferença entre as estimativas de arrecadação e gastos da União.

Por causa da pandemia do novo coronavírus e o prazo apertado, os técnicos do Ministério da Economia relatam dificuldade para elaborar as contas, já que não é possível prever as variáveis da economia. Também dificulta os cálculos a incerteza quanto ao pacote emergencial anunciado pelo governo, já que novas medidas podem ser apresentadas e o Congresso pode também ampliar ações em vigor.

A meta fiscal estabelecida para o déficit em 2020 é de R$ 124,1 bilhões, mas com o estado de calamidade pública decretado até dezembro, o governo não tem mais a obrigação de cumpri-la. Cálculos preliminares apontam para a possibilidade de o déficit chegar a R$ 500 bilhões neste ano.

Já a previsão em vigor para 2021 é de déficit de R$ 68,5 bilhões. Mas ainda é considerada otimista projeção que amplia o resultado negativo para R$ 150 bilhões.

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