Publicado em 20/05/2020 às 21h20.

Rede privada de saúde da capital baiana está no limite dos leitos de UTI

Colapso em alguns hospitais particulares, ou seja, lotação das unidades de terapia intensiva, já é uma realidade em Salvador

Arivaldo Silva
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

 

Diante de um quadro de colapso iminente da rede privada de saúde de Salvador, com cerca de 80% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados no tratamento de pacientes com quadros mais agressivos de Covid-19 e que necessitam de cuidados especiais, o Hospital da Bahia afirmou nesta quarta-feira (20), por meio de sua assessoria de comunicação, que já chegou ao limite e não recebe mais pacientes. O fato é que o colapso, ou seja, a lotação total  das unidades de terapia intensiva nos hospitais particulares, já é uma realidade na capital baiana.

“O hospital não tem mais recebido pacientes regulados. Os 31 leitos de UTI para contaminados com Covid-19 estão esgotados. O hospital registra ocupação alta também nas UTIs para outras especialidades, como cardiológica, neurológica e geral”, diz a nota.

Questionado pelo bahia.ba, o setor de comunicação social do Hospital Cardio Pulmonar informou que 27 pacientes estão internados na unidade com sintomas respiratórios, 12 em UTIs. São 19 casos suspeitos de Covid-19 e oito confirmados. Até o fechamento dessa nota, a reportagem não recebeu a resposta em relação ao número total de leitos, dado essencial para traçar um panorama de quantos hospitais já estão colapsados na capital baiana.

Comprometimento dos leitos

O prefeito ACM Neto vem alertando sobre essa possibilidade de colapso no sistema de saúde, tanto público, quanto privado. Na sexta-feira (15), o gestor apontou que Salvador tinha 48% dos leitos clínicos e 61% dos de UTIs dedicados a tratar pacientes com a covid-19 já preenchidos.

Em apenas quatro dias esse índice saltou para 80% de comprometimento dos leitos. Hoje mais cedo, Neto salientou que não adianta quem tem convênio achar que está protegido, pois a rede pública já está acolhendo esses pacientes que não conseguem internamento em hospital particular.

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