Publicado em 21/05/2020 às 16h52.

Rui: ‘Expectativa é que esse diálogo seja permanente de agora em diante’

Após reunião com Bolsonaro, Rui Costa participou de debate na rede CNN Brasil, com os governadores Fátima Bezerra (RN) e Romeu Zema (MG)

Arivaldo Silva
Reprodução CNN Brasil
Reprodução CNN Brasil

 

Em entrevista à rede de televisão CNN Brasil (Cable News Network), o governador da Bahia, Rui Costa, falou nesta quinta-fera (21) sobre o resultado da reunião dos governadores com o presidente Jair Bolsonaro, que tratou da compensação financeira a estados e municípios frente à perda de receita por conta da pandemia de coronavírus. Rui respondeu às perguntas dos apresentadores, junto com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

“A reunião foi rápida, mas positiva. Num ambiente de união, que é o desejo de todos os 27 governadores do Brasil, do Congresso Nacional e dos prefeitos, junto ao Governo Federal. Esse não é o momento de guerra ou disputa político-partidária, mesmo estando em ano eleitoral. A expectativa unanime é que esse diálogo seja permanente de agora em diante. Saímos com essa sinalização e espero que se mantenha até o fim dessa pandemia para que possamos estabelecer estratégias unificadas, como outros países do mundo, para enfrentar esse momento difícil”, ponderou o governador.

De acordo com Rui, a expectativa é ver o projeto sancionado ainda hoje, para que a ajuda chegue aos estados e municípios, para fazer frente à queda astronômica das receitas e auxiliar na manutenção dos serviços essenciais como segurança pública, educação e saúde pública.

“Não temos medidas novas, mas as que já estão programadas, principalmente as focadas na assistência à saúde. Em nossa programação não temos qualquer tipo de reajuste nesse momento, pois em um período de colapso nas finanças não há como elevar despesas com pessoal. Assim manteremos o equilíbrio fiscal do estado. Para depois retomar o crescimento econômico”, avaliou o governador.

Renegociação

Sobre a renegociação das dívidas dos estados, Rui disse que vê com naturalidade o pleito dos governadores. “O que está se pedindo é que as parcelas que vencem esse ano, sejam levadas à frente, ou para as últimas parcelas. Fizemos contatos com bancos internacionais, como o Banco Mundial, que sinalizaram não haver problema com essa negociação. Restando apenas o aval da equipe econômica do Governo Federal”.

Cloroquina

Questionado pelos jornalistas em relação à orientação aos profissionais de saúde sobre uso da cloroquina, Rui afirmou que nenhum protocolo médico avalizado pela Organização Mundial da Saúde será alterado. “Político não é para definir em qual momento um paciente pode ou não ser entubado, quem determina isso é que estudou medicina. Na Bahia, nem prefeito, nem governador dá palpite em procedimentos médicos. Políticos cuidam da politica e os médicos de salvar vidas”, concluiu.

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