EUA em desaceleração e a China em aceleração é bom para o Brasil, diz analista
Sinais de uma economia americana mais fraca e a chinesa com mais fôlego podem animar mercado
O grande problema dos mercados no Brasil não parece estar localizado aqui, mas sim no exterior, especialmente nas decisões do Federal Reserve. Mas esse quadro pode estar mudando. A avaliação é de Felipe Hirai, sócio da Dahlia Capital, que participou nesta segunda – feira (6) do Morning Call da XP, de acordo com informações do portal InfoMoney.
“As estimativas de PIB (do Brasil) têm sido revisadas para cima. Quando se olha os lucros das empresas, eles estão superestáveis, vindo em linha ou acima do esperado (no 1T24). O grande limitador para queda de juros no Brasil é o que vai acontecer com a taxa de juros americana”, disse no programa.
Inflação nos EUA de volta à queda
Para o analista, os dados nos Estados Unidos têm vindo “um pouco melhores, sinalizando uma economia mais fraca, com a inflação que talvez volte para o ritmo de queda, o que possibilitaria o Fed (Federal Reserve) cortar os juros”. Ele crê que se isso acontecer os juros aqui serão também mais baixos até o final do ano.
“Vale a pena ressaltar que a gente vê a economia americana desacelerando e a economia chinesa ganhando um pouco mais de fôlego. Esse cenário é muito importante ficar na cabeça. Essa combinação da economia americana desacelerando um pouco e a economia chinesa acelerando um pouco é muito positivo para os mercados emergentes, como o Brasil”, ressaltou.
Fluxo de capital para os emergentes
Felipe Hirai avalia que se esse cenário continuar nos próximos meses, o fluxo de capital pode mudar para os países emergentes.
No entanto, Hirai vê parte da economia chinesa na dicotomia “copo meio cheio ou meio vazio”, depende da perspectiva que se observa aquele mercado.
“É que tem um pedaço da economia chinesa que está indo muito mal, que é a associada a demanda de minério de ferro. Mas tem outro pedaço da economia chinesa que está indo muito bem, que é a parte manufatureira”, pontuou.
Impulso chinês
Especificamente sobre o minério de ferro na China, o sócio da Dahlia Capital não enxerga grande potencial de alta. “A nossa expectativa é que ele (o preço) se estabilize, e fique orbitando entre US$ 110 e US$ 120 (a tonelada) durante um tempo”, disse.
Paulo Gitz, estrategista global no research da XP, que também participou do programa Morning Call, analisou que na semana passada se observou os ativos chineses subirem pelo fato de o fundo soberano chinês estar comprando ações.
Além disso, o impulso também veio com a notícia de que o governo vai adotar novas medidas para lhe dar com a crise imobiliária que se arrasta desde 2021. “O mercado interpretou isso como possível corte de juros e impulsionou os ativos de risco (na China)”, pontuou.
Mais notícias
-
Economia
17h30 de 18 de maio de 2024
Devedores têm último fim de semana para aderir ao Desenrola Brasil
Devedores têm último fim de semana para aderir ao Desenrola Brasil
-
Economia
21h20 de 17 de maio de 2024
Bolsa fecha em estabilidade e dólar recua, com Petrobras e exterior em foco
O impacto no Ibovespa, porém, foi contido pelo avanço firme de 1,96% da Vale, de peso semelhante à Petrobras no índice
-
Economia
19h34 de 17 de maio de 2024
Exportações baianas têm queda de 1,2% em abril
Nova queda no volume exportado principalmente de derivados de petróleo, celulose e soja, comprometeram o resultado das vendas externas no mês passado
-
Economia
17h55 de 17 de maio de 2024
Ibovespa fecha com leve queda, sustenta os 128 mil pontos e termina semana no azul
Bolsas dos EUA fecharam mistas em dia de agenda esvaziada; dólar cai
-
Economia
16h57 de 17 de maio de 2024
Bahia, Salvador e RMS têm as maiores taxas de desocupação do país
Os índices se referem ao 1º trimestre de 2024
-
Economia
16h05 de 17 de maio de 2024
Ao assumir Petrobras, Magda Chambriard terá aumento salarial de 1.000%
Ao assumir presidência da estatal, Magda Chambriard receberá salário de R$ 133 mil, aumento de 1.000% ante os R$ 13 mil que ganha na Alerj
-
Economia
15h10 de 17 de maio de 2024
Santander eleva projeção de crescimento do Brasil em 2024 apesar de impactos no RS
Banco também passou a ver taxa básica de juros mais alta tanto este ano quanto no próximo
-
Economia
13h50 de 17 de maio de 2024
Criada na pandemia, lei pode auxiliar economia do RS
Lei 14.437 institui regras trabalhistas de exceção para qualquer período de calamidade pública
-
Economia
13h41 de 17 de maio de 2024
Desemprego aumenta em oito estados no 1º trimestre e cai em um, diz IBGE
Taxa de 7,9% é a menor para Brasil no período de janeiro a março desde 2014
-
Economia
13h15 de 17 de maio de 2024
Presidente Lula sanciona lei para volta do seguro obrigatório de veículos
O 'Novo DPVAT' foi oficializada na edição do Diário Oficial da União, desta sexta-feira (17)