Publicado em 18/12/2015 às 15h42.

Centenário de Piaf rende homenagens pelo mundo

Edith Giovanna Gassion, o “pequeno pardal” francês, completaria 100 anos neste sábado, 19 de dezembro

Fernando Valverde
Foto: Evilásio Júnior / Arquivo Pessoal
Foto: Evilásio Júnior / Arquivo Pessoal

 

Uma gigante nos seus menos de 1,42m, Edith Piaf completaria 100 anos neste sábado, 19 de dezembro. A cantora, considerada por muitos a maior voz francesa de todos os tempos, com seu timbre inigualável, se destacou por possuir um magnífico repertório que oscilava entre o tradicional e o Cabaret.

Edith Giovanna Gassion, o Piaf lhe seria dado depois por conta de sua “voz de pardal”, nasceu no número 72 da Rua Belleville de Paris. Filha de um acrobata e uma administradora de bordel, a artista teve uma infância dura e complicada. Durante os primeiros anos foi criada pela sua avó e mais tarde foi morar no bordel administrado pela sua mãe, e com frequência ficava sob o cuidado das prostitutas.

Naqueles dias, de meados da década de 1930, Edith Giovanna Gassion começou ser chamada de Piaf, “pequeno pardal” em francês. No entanto, sua crescente fama na capital francesa viu-se opacada pelo assassinato do seu benfeitor em 1936. No começo, era ela a principal suspeita, logo depois descobriram que o dono do clube foi morto por uma quadrilha. O evento chamou atenção negativa dos médios, mas ela logrou superar o problema. Para mudar a sua imagem trocou seu nome artístico para Edith Piaf e começou a fazer amizades com pessoas importantes como o poeta Jacques Borgeat.

Na época da Segunda Guerra Mundial, Edith Piaf era a cantora mais importante na França e ao apresentar-se ante as tropas da França ocupada, muitas vezes era acusada de traição pelos seus compatriotas. Não obstante algumas fontes afirmam que trabalhava como uma infiltrada da resistência francesa.

 

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Homenagens – Em virtude do centenário do seu nascimento, uma série de livros e novas gravações foi lançada para relembrar a carreira de “La Môme” Piaf. No início do ano houve uma grande exposição sobre a vida da artista na Biblioteca Nacional Francesa (BNF) de Paris, além da inauguração de uma nova estátua no museu de cera da capital.

A gravadora Warner também aproveitou o centenário da artista para lançar uma grande coleção com 350 temas, entre eles os mais conhecidos, que foram remasterizados a partir de discos de vinil novos de 78 rotações e de gravações originais, todas elas reunidas em 20 CDs.

Edith Piaf morreu em 10 de outubro de 1963 em Plascassier (na localidade de Grasse nos Alpes Marítimos), aos 47 anos, em decorrência de uma hemorragia interna, mas sua voz permanece ecoando, gigante, pela eternidade.

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