Publicado em 18/05/2016 às 16h00.

Bolt minimiza lesão e diz ser possível quebrar recorde dos 200m

Aos 29 anos, o Jamaicano pretende ultrapassar as próprias marcas e encerrar a carreira em grande estilo no Jogos Olímpicos do Rio

Agência Estado
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Bolt: ‘Definitivamente, para mim, é tudo possível” (Foto: Reprodução / Revista Fosbury)

 

Às vésperas da sua primeira prova em solo europeu na temporada de realização dos Jogos Olímpicos do Rio, Usain Bolt minimizou nesta quarta-feira a lesão que teve no último fim de semana e o forçou a realizar um tratamento na Alemanha antes de seguir para o Meeting de Ostrava, na República Checa, onde vai participar da prova dos 100 metros.

No último sábado (14), ele completou a distância em 10s05 nas Ilhas Cayman, na sua estreia na temporada. “Eu tive dores na coxa após a última corrida, mas fui ver um médico e ele resolveu o problema”, disse Bolt. “Estou me sentindo muito bem agora. Eu estou sentindo muito melhor. Eu treinei ontem e tudo estava melhor”.

Dono de seis medalhas de ouro olímpicas, Bolt vai correr pela oitava vez em Ostrava e revelou a sua meta para a próxima sexta-feira (20). “Eu vou estar muito feliz com, pelo menos, 9s8”, disse Bolt, que, na Europa, só está programado para competir na etapa de Londres da Diamond League, em 22 de julho, duas semanas antes do início dos Jogos do Rio.

O jamaicano, de 29 anos, não desistiu do objetivo de quebrar seu próprio recorde mundial dos 200 metros, de 19s19, obtido em 2009 “Definitivamente, para mim, é tudo possível”, disse. “Se eu puder continuar no caminho certo até chegar aos Jogos Olímpicos, eu definitivamente acho que pode haver recordes mundiais. Eu realmente quero correr abaixo de 19s, isso é o meu foco no momento”.

Bolt também reconheceu que sua carreira pode estar chegando ao fim, mas prometeu brilhar até o fim dela. “Estou definitivamente no trecho final, com certeza”, disse. “Eu acho que estou chegando ao final da linha de chegada, mas eu não posso dizer o quão perto eu estou. Eu estou apenas tentando fechá-la da melhor forma possível”.

Doping – Para Bolt, o anúncio de que 31 atletas foram pegos no doping na reavaliação de exames dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, foi uma “notícia realmente ruim”. “É difícil. É difícil para o esporte”, afirmou o jamaicano. “Algo que tem manchado o esporte há anos”.

Bolt fez o comentário um dia depois de o Comitê Olímpico Internacional anunciar os casos de doping. “Estão fazendo um bom trabalho de limpeza do esporte. Eles provaram que qualquer pessoa que trapaceou vai ser pega”, disse, avaliando que a repressão contra o doping pode ser bem-sucedida.

“Felizmente, nós podemos dar passos à frente no sentido de tornar o esporte melhor e nos próximos anos não teremos esses problemas”, disse Bolt. “Mas, eu acho que é um processo, e eu acho que ao longo do tempo que vai ficar melhor”, acrescentou.

O atletismo da Rússia está proibido de competir por causa de um relatório da Agência Mundial Antidoping apontando um esquema de uso de substâncias proibidas que contou com o apoio estatal. “Eu realmente não penso sobre isso”, disse Bolt. “Para mim, regras são regras. Eu realmente não faço as regras, por isso, tudo que faço é seguir as regras. Eu realmente não posso fazer nada sobre isso”.

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