Publicado em 21/10/2020 às 19h00.

Indicado de Bolsonaro ao STF diz não saber função exercida por esposa no Senado

Desembargador passou por sabatina no Senado Federal, como protocolo após indicação presidencial a vaga aberta no STF

Redação
Foto: Samuel Figueira/TRF-1
Foto: Samuel Figueira/TRF-1

 

O desembargador federal Kassio Nunes Marques disse em sabatina no Senado, nesta quarta-feira (21), que não sabe as atribuições de sua esposa, Maria do Socorro Mendonça de Carvalho Marques, funcionária da Casa. A declaração foi em resposta à pergunta do líder do Cidadania, Alessandro Vieira (ES). O desembargador tem sido sabatinado pelos senadores após ser indicado por Jair Bolsonaro à vaga aberta no Supremo Tribunal Federal.

De acordo com informações de O Estado de S.Paulo, Kassio Marques disse não ter como responder à pergunta.

“(…) É alteração de gabinete toda hora… Mas o que eu sabia que fazia exatamente… Essas respostas… Porque é vindo de lideranças, de questionamentos ao gabinete. Eu não sei se é o que ela desempenha absolutamente. (…) Eu realmente não tenho essa informação para lhe dar. Mas, muito provavelmente, eu também não sou a pessoa certa para lhe responder, que é um problema, uma dificuldade de todos os parlamentares egressos de Estados com certa dificuldade econômica”, afirmou.

Sabatinado pelos senadores, Marques não respondeu se exerceu influência para contratação de Maria do Socorro pelo senador Elmano Férrer (Progressistas-PI), conterrâneo do desembargador. Por outro lado, o indicado de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) disse acreditar que sua esposa foi contratada porque parlamentares de pequenos estados têm dificuldade para levar mão de obr para Brasília.

Segundo Kassio Marques, o custo de vida em Brasília é alto e o salário de R$ 10 mil não é suficiente para pagar aluguel e escola dos filhos. Maria do Socorro, por outro lado, seria alguém com vínculo com o Piauí e disposta a viver na capital federal.

A esposa de Kassio Marques atua no Senado desde 2012 e já foi contratada pelos ex-senadores Wellington Dias e Regina Sousa, ambos do PT.

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