Publicado em 24/09/2021 às 08h56.

TJ do Rio quebra sigilo telefônico de 11 ex-assessores de Carlos Bolsonaro

Medida foi tomada com o objetivo de elucidar a suposta existência da prática de rachadinha no gabinete do vereador

Redação
Foto: Renan Olaz/CMRJ
Foto: Renan Olaz/CMRJ

 

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), autorizou a quebra de sigilos telefônicos de 11 ex-funcionários do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A medida foi tomada com o objetivo de elucidar a suposta existência da prática de rachadinha (entrega ilegal de salários dos assessores) e da nomeação de “funcionários fantasmas”, no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a jornalista Juliana Dal Piva, da Folha de S.Paulo, o juiz autorizou ao identificar “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado”. Ele escreveu que Carlos é “citado diretamente como o chefe da organização”.

Com a decisão, os investigadores terão acesso ao histórico de chamadas telefônicas efetuadas e recebidas, dados cadastrais, de conexão com Wi-Fi, de localização e das antenas que tenham sido utilizadas pelos investigados enquanto trabalharam na Câmara do Rio, em períodos entre 2005 e 2019.

Entre os alvos da investigação, sete pessoas são parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-chefe de gabinete de Carlos (2001 a 2008) e segunda mulher do presidente.

São eles: André Valle e Andrea Valle, irmãos de Ana Cristina; Marta Valle, cunhada de Ana Cristina, Gilmar Marques, ex-cunhado de Ana Cristina; Guilherme Henrique de Siqueira Hudson, primo de Ana Cristina, e sua mulher Ananda Hudson; e Monique Hudson, cunhada de Guilherme de Siqueira Hudson. Ana Cristina e Carlos Bolsonaro não foram alvo da quebra de sigilo telefônico.

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