Publicado em 14/03/2018 às 16h59. Atualizado em 14/03/2018 às 17h39.

Opinião de Rui não é a da maioria da militância petista, diz Gleisi

Senadora recuou, porém, em relação aos brasileiros que apoiaram o impeachment e defendeu disputar o voto dessa fatia da população

Rodrigo Aguiar
Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

Presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann reiterou sua discordância em relação ao governador Rui Costa, que defendeu a necessidade de o partido “virar a página” do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

“Respeito muito o governador Rui Costa e as suas opiniões, mas a posição da direção partidária e majoritariamente da nossa militância não é essa. Nós avaliamos que houve um golpe, foi retirada uma presidenta legitimamente eleita e esse golpe não pode ser esquecido, porque tem consequências nefastas até hoje para a população”, declarou Gleisi, que participa, em Salvador, do Fórum Social Mundial.

A senadora, no entanto, mudou de discurso em relação à parcela dos brasileiros que apoiaram a retirada de Dilma do poder. Conforme Gleisi, não há problema em disputar o voto dessa fatia da população, “até porque ela já está mudando de ideia e viu que foi enganada”.

Em entrevista ao UOL, a presidente do PT havia dito que a legenda não queria os votos de quem foi favorável ao impeachment de Dilma.

Pressão no Supremo – Ainda no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Gleisi também comentou uma declaração feita pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ministra Cármen Lúcia disse nesta terça (13) que não se submete à pressão de políticos que querem que a Corte revise o entendimento sobre cumprimento da pena após condenação em segunda instância. Uma das ações em análise no STF sobre o assunto é relacionada ao ex-presidente.

Gleisi confirmou uma conversa com a presidente do STF, mas negou que tenha ocorrido pressão. “Quem tem feito pressão é a Rede Globo e a grande mídia. Eu sou senadora da República, representante da população. Eu e outras senadoras e deputadas fomos falar com a ministra e pedir que pautasse, independente de qual fosse a posição do Supremo. Pode ser ratificando ou retificando, mas há uma ação questionando isso e tem uma insegurança jurídica na sociedade. É dever do Supremo dar uma posição definitiva sobre o assunto. Não entendo isso como pressão”, defendeu.

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