Publicado em 18/06/2021 às 17h24.

Presidente do Superior Tribunal Militar defende Bolsonaro e alfineta Lula

'Que culpa o presidente tem da Covid?', questiona o general Luis Carlos Mattos em entrevista à revista Veja

Redação
Foto: divulgação/Exército
Foto: divulgação/Exército

 

O presidente do Superior Tribunal Militar, general Luís Carlos Gomes Mattos, defendeu a gestão do também militar Jair Bolsonaro em entrevista a edição 2743 da revista Veja. Mattos afirmou que o governo federal tomou todas as providências cabíveis na pandemia. “Que culpa o presidente tem da Covid?”, indagou.

Para o general, Bolsonaro tomou as providências “e lá no final da fila o camarada não fez o que era para ser feito”. O presidente do STM disse à publicação que não vê como as forças armadas serem abaladas pela pandemia, citando também a atuação do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que nesta sexta-feira (18) foi incluído como investigado pela CPI que apura a atuação da União no combate à Covid-19.

Luis Carlos Mattos classificou como desrespeito o tratamento dado ao ex-ministro pelos senadores da comissão de inquérito. “Pazuello foi muito preciso e objetivo nas resposta.Não sei se eu seria”, declarou, na entrevista. “Não tenho dúvida da competência e da honestidade dele. Quebraram o sigilo dele. A família dele é rica. Ele não está no Exército por necessidade, está por gosto”.

Eleições

Perguntado sobre as eleições, o presidente do STM rechaçou a possibilidade de uma ruptura instituicional e classificou Bolsonaro como democrata. “Ele fala com o palavriado do povo, mas nada disso com a intenção de quebrar as estruturas”, opinou.

Sobre Lula, e lembrado pela revista que o ex-presidente chegou a ser preso pela operação Lava Jato (em processo anulado depois pelo Supremo Tribunal Federal), o general foi sucinto em seu comentário. “O brasileiro precisa saber votar”, resumiu. Saber votar, detalhou o presidente do STM em outro trecho da entrevista, é “votar nas pessoas que vão responder às necessidades do país”, citando a atuação de outro militar, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

Subir no palanque

Luis Carlos Mattos ressaltou que o único palanque que ele sobe é no do ato cívico-militar do Sete de Setembro. O general do STM não comentou o gesto do ex-ministro Pazuello, que mesmo sendo general da ativa participou de um ato político de Bolsonaro no Rio de Janeiro, e nem a decisão do comando do Exército de não puni-lo.

“O comandante, embora eu seja mais antigo do que ele, tem precedência hierárquica sobre mim. Ele tomou uma decisão e deve ter seus motivos. Eu respeito a decisão dele, não tenho comentário nenhum.”

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