Publicado em 17/12/2015 às 09h50.

Governo negocia distribuição de repelentes a grávidas

O governo também aconselha o uso de roupas de manga comprida, sapatos, mosquiteiros e telas nas janelas das casas

Agência Estado

A distribuição de repelentes para gestantes, como forma de se evitar a infecção por zika e, em consequência, a microcefalia nos bebês, deverá ser discutida nesta quinta-feira (17) na Casa Civil. Representantes do setor produtivo devem apresentar dados sobre qual seria a capacidade de atender à demanda atual, quanto tempo seria necessário para ajustar a produção e, sobretudo, qual seria o preço de um eventual fornecimento para a população

Considerada como uma estratégia “quebra galho” pelo próprio diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, a entrega do repelente seria feita somente para gestantes atendidas pela rede pública de saúde.

Além dessa medida, o governo recomenda que mulheres se esforcem para adotar outras proteções: o uso de roupas de manga comprida, sapatos, mosquiteiros e telas nas janelas das casas. “Tomem os cuidados devidos, porque a coisa não é brincadeira”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em uma audiência realizada nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados.

Especialistas também têm recomendado cuidado com “repelentes caseiros”. Como destaca Mário Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde do Estado do Rio, não há comprovação científica de sua eficácia.

‘Aedes’ – Maierovitch tem afirmado que o essencial para o combate à epidemia é eliminar os criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Na quarta-feira, Castro afirmou ter havido “contemporização” no combate ao mosquito ao longo dos anos. “Não estou culpando ninguém, mas ficamos na loteria.”

Uma das medidas que serão adotadas é a adição de larvicidas na água entregue à população no semiárido do País, por meio de carros-pipa. Uma das possibilidades é a de que o produto seja adicionado diretamente nos caminhões. “Essa é uma medida segura. A água já iria protegida”, afirmou o coordenador do Programa de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho.

Várias regiões do Nordeste sofreram com a falta de larvicida nos últimos meses, em razão do atraso na entrega do produto – comprado por licitação. De acordo com ministério, essa situação já foi regularizada.

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