Adriana Prado tem 25 anos de experiência em Recursos Humanos. Atualmente mora em São Paulo, é mestranda em Liderança Positiva e consultora da “The Edge Group”, empresa equatoriana pioneira em programas de crescimento pessoal e organizacional na América Latina, através da aplicação das descobertas da Psicologia Positiva, a Ciência da Felicidade.
O que pode lhe manter saudável e feliz ao longo da vida?
De 1938 a 2013, pesquisadores da Universidade de Harvard acompanharam a vida de 724 homens e concluíram que uma vida boa constrói-se com boas relações


Quer se formar na sua vocação? Morar em outro país? Trabalhar numa grande empresa? Empreender o negócio dos seus sonhos? Ganhar na loteria? Enriquecer? Ser famoso? Casar? Ter filhos? Formar uma família?
Passamos a vida toda escutando que, para ter sucesso e ser feliz, temos que estudar muito, conquistar um bom emprego, trabalhar duro, juntar dinheiro, casar, ter filhos e perseverar.
No fundo, o que queremos mesmo é uma receita concreta e rápida, que nos dê uma vida boa e a mantenha dessa forma.
Será mesmo essa a receita da felicidade?
A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, obteve algumas dessas respostas, depois de realizar o mais prolongado estudo sobre o desenvolvimento da vida adulta que já foi feito em todo o mundo.
Entre os anos de 1938 a 2013, um grupo de pesquisadores dessa renomada universidade americana acompanhou a vida inteira de 724 homens, ano após ano, realizando testes diversos e perguntando-lhes pelo trabalho, pela vida doméstica e pela saúde, buscando respostas sobre o que mantém as pessoas felizes e saudáveis, sem ter a menor ideia de como suas histórias iriam acabar.
Esses homens passaram por entrevistas e exames médicos periódicos. Tiveram seus cérebros monitorados. Também foram entrevistados seus pais, suas esposas e seus filhos, sobre as suas maiores preocupações.
Metade do grupo era de adolescentes da classe alta americana, alunos de Harvard. A outra metade eram jovens pobres, das famílias mais desfavorecidas e problemáticas de Boston.
Depois de 75 anos de estudo, por uma feliz combinação de sorte e persistência de várias gerações de investigadores, o estudo sobreviveu. Cerca de 60% dos 724 homens acompanhados ainda estão vivos, ainda participam do estudo, e em sua maioria já estão hoje com cerca de 90 anos.
E afinal, quais foram os resultados, as conclusões e as lições aprendidas, a partir do que aconteceu com essas vidas?
A mensagem mais clara obtida com esse estudo foi a de que não é riqueza, nem fama, nem trabalhar cada vez mais, o que nos mantêm mais felizes e saudáveis ao longo da vida. O fator decisivo para uma boa vida, são as boas relações sociais que mantemos ao nosso redor.
Vida boa constrói-se com boas relações
Trocando em miúdos, o estudo apontou ainda três grandes aprendizados sobre as relações:
A primeira lição é que as relações sociais são boas para nós, e que a solidão é tóxica e mata. Acontece que as pessoas que têm mais ligações sociais com a família, com amigos e com a comunidade, são mais felizes, fisicamente mais saudáveis e vivem mais tempo do que as pessoas que têm menos relações.
A segunda é que não basta o número de amigos que temos e não se trata de ter ou não uma relação continuada. O que conta é a qualidade das nossas relações íntimas. Porque viver no meio de conflitos é muito prejudicial para a saúde. Por outro lado, viver no meio de relações boas e calorosas é muito protetor.
A terceira grande lição sobre as relações e a nossa saúde é que as boas relações, além de protegerem o corpo, protegem também o cérebro. Pessoas que têm relações nas quais sentem que podem contar com outra nos momentos de necessidade, possuem uma memória mais viva durante mais tempo.
Resumindo as principais conclusões desse estudo: não é fama, quantidade de dinheiro acumulado ou as taxas da nossa saúde física que determinam como vamos envelhecer, mas o grau de proximidade, confiança e satisfação que sentimos em nossas relações pessoais.
E mais: as boas relações não têm que ser sempre fáceis. Podemos ter ideias diferentes e até mesmo discutir constantemente. Quando sentimos que podemos contar um com o outro, essas discussões não se fixam na nossa memória.
Parece tão fácil e tão simples, mas na verdade é muito difícil para nós, seres humanos, mantermos boas relações. Isso porque manter boas relações não traz nenhum glamour e dá muito trabalho. Tem que ter cuidado, humildade, paciência, compreensão, desapego. Leva um bom tempo para construir e pode desmoronar num simples desentendimento. Além disso, é um esforço que dura a vida toda, nunca acaba.
Muitos dos homens que passaram pelo estudo, quando chegaram à idade adulta, acreditavam que as realizações, a fama e a riqueza eram tudo de que necessitavam para ter uma boa vida. Mas, ao longo destes 75 anos, o referido estudo provou muitas vezes, que as pessoas que se saíram melhor na vida, foram as que se apoiaram nas relações com a família, com os amigos, com a comunidade.
Conclusão: Uma vida boa constrói-se com boas relações.
E para isso, podemos começar fazendo uma infinidade de coisas simples como: visitar um grande amigo, dizer a alguém importante pra você o quanto o ama, fazer alguma coisa nova em conjunto, ligar para alguém da família com quem não fala há anos, pedir desculpas por uma atitude indevida, agradecer por alguma ajuda recebida etc.
Pense nisso e tenha uma vida saudável e feliz!
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