Publicado em 11/05/2021 às 13h06.

Decisão de não aplicar AstraZeneca em grávidas em Salvador foi tomada lá atrás, diz Prates

Secretário Municipal de Saúde afirma que medida foi adotada diante dos primeiros relatos sobre risco de trombose

Alexandre Santos
Foto: Max Haack/Secom
Foto: Max Haack/Secom

 

O secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates, disse nesta terça-feira (11) que a decisão de não aplicar a vacina AstraZeneca em mulheres grávidas na capital foi tomada, “por segurança”, diante dos primeiros relatos sobre o risco de trombose. O Ministério da Saúde está investigando o caso de uma gestante que morreu no Rio de Janeiro após ter sido vacina com o imunizante, produzido pela Universidade de Oxford.

“Nós tomamos uma decisão lá atrás de não aplicar a AstraZeneca/Oxford. Nos pontos de gestantes estão sendo aplicadas Pfizer. Havia uma um dado que nos chamava atenção, de uma grávida com indicativo de trombose, e casos muitos raros de haver trombose. Não havia casos como esses [do Rio de Janeiro] e não havia prescrição de não vacinar as mulheres grávidas. Porém, por segurança, eu decidi colocar a Pfizer”, explicou o secretário em entrevista ao jornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia.

Enquanto o Ministério da Saúde investiga a causa da morte, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu recomendar a suspensão imediata da vacina, segunda a ser aplicada no Brasil por intermédio da Fiocruz.

A orientação da agência é para que a indicação da bula da AstraZeneca seja seguida. Nela não consta o uso em gestantes.

“A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). A orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país. O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, afirmou a agência, por meio de nota.

Mais cedo, o prefeito da capital baiana, Bruno Reis, tranquilizou a população ao afirmar que nenhuma grávida residente na cidade recebeu doses da AstraZeneca/Oxford, mas sim da Pfizer, conforme informou Leo Prates.

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