Publicado em 05/08/2020 às 14h29.

Reforma vai acabar com “manicômio tributário”, defende Paulo Guedes

Em audiência na Comissão Mista do Congresso, nesta quarta, ministro negou que proposta represente aumento da carga

Redação
Foto; reprodução TV Senado
Foto; reprodução TV Senado

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a reforma tributária vai acabar como o “manicômio tributário” vigente no país. O representante do executivo, que apresentou a propostas de fundir o PIS e o Cofins e criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), participou de audiência na Comissão Mista do Congresso Nacional que avalia mais duas propostas que modificam impostos, as PECs 45 e 110.

Guedes aproveitou o encontro para rebater a tese de que as mudanças representem aumento da carga.”Não vamos aumentar impostos. O povo já paga imposto demais. De 18% do PIB [Produto Interno Bruto], saltamos para 36% em alguns anos. Ou seja, acima da media dos países em desenvolvimento e sem contrapartida para a população”, declarou.

A CBS vem sendo contestada por lideranças políticas e do setor produtivo. No estado, o grupo Business Bahia critica o aumento maior da alíquota no setor de serviços – de 3,65% para 12% -, enquanto a Federação do Comércio (Fecomércio-BA) destaca ainda a dificuldade de se avaliar o impacto – se gera ou não aumento da carga, por exemplo – pois parte da proposta do executivo ainda não foi apresentada.

Segundo o ministro, a equipe econômica decidiu começar pelo PIS e pela Cofins por serem tributos complexos, onerosos e com reflexos muito negativos no ambiente de negócios. ” Nosso primeiro passo foi dado sobre impostos incidentes no consumo. Só a extinção do PIS, por exemplo, extingue 100 regimes especiais que tornam inóspito o ambiente empresarial brasileiro — informou o ministro.

Paulo Guedes alega ainda que a reforma é inspirada nos impostos sobre valor agregado (IVAs), considerados mais modernos, simplifica a operacionalização ao reduzir de 52 para 9 campos nas notas fiscais e deixa de fora pessoas jurídicas que não exercem atividade econômica, como condomínios, templos religiosos, sindicatos e instituições filantrôpicas.

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