Publicado em 29/11/2017 às 19h40.

Funcionário mudou versão para incriminar Beto Pimentel, diz defesa

Advogado do chef de cozinha disse que funcionário de restaurante temeu represália após saber que adolescente morto seria parente de um traficante

Redação
Foto: Uran Rodrigues / Divulgação
Foto: Uran Rodrigues / Divulgação

 

A defesa do chef Beto Pimentel, dono do restaurante Paraíso Tropical, afirma que Fabilson do Nascimento Silva, funcionário do estabelecimento, mudou o depoimento para responsabilizar o patrão pelo homicídio do adolescente Guilherme Santos Pereira da Silva, de 17 anos, em abril deste ano.

O jovem foi morto nos fundos do restaurante, localizado no bairro do Cabula, em Salvador. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Beto e Fabilson, além de Antônio Santos Batista, outro colaborador do estabelecimento.

“A primeira versão dele (Fabilson) foi de que a arma teria sido de um rapaz que estava fazendo um serviço na cobertura do telhado do restaurante, uma arma de caça. Depois ele contou que Beto quem teria mandado atirar”, declarou Alano Frank, advogado do chef.

Ainda de acordo com o defensor, Beto tomava banho em sua casa quando foi avisado por Fabilson de uma invasão ao pomar. “Nesse meio tempo, entre a saída de Beto e a chegada dele ao restaurante, Fabilson atirou por um buraco, como ele contou na primeira versão, mas teria sido apenas um tiro de alerta”, acrescentou.

Frank disse que Fabilson teria apresentado outra versão do caso após saber que a vítima seria parente de um traficante do bairro de Pernambués. Para o advogado, o funcionário do Paraíso Tropical tinha medo de ser preso e sofrer represália da facção criminosa dentro do presídio.

“O local é dominado por duas facções criminosas, o menino [Guilherme], não estou dizendo que ele era bandido, mas, supostamente, seria sobrinho de um traficante de Pernambués. Fabilson ficou chateado porque foi preso, então, ele mudou o depoimento para incriminar Beto, mas acredito que ele vai dizer a verdade em juízo”, alegou o defensor.

Um laudo pericial da polícia aponta que Beto e os dois funcionários retiraram o corpo do adolescente do local do crime e o colocaram a uma distância de aproximadamente 350 metros. Informações do Correio.

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