Publicado em 07/06/2017 às 18h20.

MP constata crime de falsidade ideológica em sistema de cotas

Ao todo, 13 estudantes foram denunciados – um deles é reincidente; presidente de entidade quilombola também vai ser indiciada

Redação

O Ministério Público do Estado da Bahia (MPE-BA) constatou crime de falsidade ideológica na declaração de 13 estudantes das universidades Federal da Bahia (Ufba), Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Estadual de Feira de Santana (Uefs) que tiveram acesso às instituições por meio do sistema de cotas.

De acordo com o promotor de Justiça Millen Castro, a presidente da Associação do Desenvolvimento Comunitário, Cultural, Educacional e Social do Quilombo da Rocinha e Região (Acooped), Maria Regina Bonfim, sabia que os documentos de declaração inseridos eram falsos e também será indiciada.

Ainda segundo Castro, as declarações falsas foram colocadas nos atestados entre os anos de 2011 e 2015. Uma das denunciadas, Maiara Aparecida Oliveira Freire, já havia sido denunciada pelo MP à Justiça, em 2014, o que resultou em sua expulsão da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mas recorreu.Logo depois, ela foi para a Uesb.

A autodeclaração, conforme a promotora Lívia Sant’Anna, “não é critério absoluto de definição da pertença étnico-racial de um indivíduo, devendo, notadamente no caso da política de cotas, ser complementado por mecanismos heterônomos de verificação de veracidade das informações declaradas”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.