Publicado em 09/04/2020 às 13h55.

Sem previsão de chegada, respiradores da China dependem de avião cargueiro, diz governador

Rui Costa afirmou que consultou a embaixada do país asiático em busca de uma alternativa para transportar o material

Alexandre Santos
Foto: Camila Souza/GOVBA
Foto: Camila Souza/GOVBA

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou nesta quinta-feira (9) não ter previsão para a chegada de insumos e respiradores artificiais comprados na China e afirmou que os equipamentos destinados ao tratamento da Covid-19 precisam ser transportados em avião cargueiro.

Durante o Papo Correria, programa transmitido em suas redes sociais, o governador disse que houve uma tentativa de que o material fosse trazido em voo comercial, mas a companhia teria justificado que o volume da mercadoria não caberia em suas aeronaves.

“Falei com o governo federal, com o Ministério da Defesa, que diz que o governo brasileiro, as Forças Armadas, não têm [avião] cargueiro com tamanho suficiente pra trazer. Nós estamos tentando. Liguei para a Embaixada da Rússia para ver se a gente consegue alugar ou conseguir do governo russo cargueiros russos que possam trazer. Liguei para a embaixada chinesa pra saber se a gente pode contratar cargueiros chineses ou receber como contribuição do governo chinês o transporte desses equipamentos que compramos.”, declarou na live.

Questionado pelo bahia.ba por meio de sua assessoria, Rui Costa não respondeu se os respiradores são os mesmos de uma carga que ficou recentemente retida nos Estados Unidos.

Os equipamentos de proteção estão em escassez no mercado internacional devido à pandemia do novo coronavírus.

“São insumos e, especialmente respiradores. Como o volume vem em caixas, é muito grande, precisa de um avião cargueiro. Nossa luta hoje é pra isso”, afirmou o governador.

Carga barrada em Miami

Na última semana, uma carga de 600 respiradores artificiais chineses comprada por estados do Nordeste foi barrada no aeroporto de Miami (EUA), onde fazia conexão aérea para ser enviada ao Brasil, segundo o jornal Folha de S. Paulo,

O contrato no valor de R$ 42 milhões assinado pelo governo da Bahia como representante da região foi cancelado pela empresa fornecedora sem maiores explicações. A embaixada norte-americana negou.

Países mundo afora, por sua vez, acusaram o presidente Donald Trump de “roubar” contratos ao oferecer valores mais altos pelos produtos médicos.

O mandatário reagiu e afirmou quer outros países conseguindo máscaras.

O governador Rui Costa criticou a declaração. “Lamentáveis as declarações de Trump. O mundo precisa de respiradores e outros insumos nesta guerra contra o coronavírus. Deixa o capitalismo selvagem de lado e seja solidário. Na Bahia e no Nordeste, vamos continuar trabalhando incansavelmente e buscando alternativas no mercado”, escreveu o baiano no Twitter naquela ocasião.

 

 

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